Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sandes, Valcieny de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3050
|
Resumo: |
Introdução: após 110 anos da descoberta do primeiro teste sorológico para sífilis, a doença continua sendo um problema de saúde pública. Os testes sorológicos desempenham papel fundamental no diagnóstico da doença. A evolução de vários testes e a introdução de novas metodologias de testes treponêmicos frequentemente geram dúvidas na hora da interpretação dos resultados. Nos bancos de sangue, resultados discordantes e falsos positivos geram desconforto na relação com o doador. O presente trabalho se propõe a fazer uma análise da introdução recente do teste treponêmico por quimioluminescência na triagem sorológica para sífilis em doadores de sangue do Serviço de Hemoterapia do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva no Rio de Janeiro. Metodologia: trata-se de um estudo retrospectivo e exploratório a partir dos resultados de triagem e confirmatórios de testes para Sífilis no Laboratório de Sorologia do Serviço de Hemoterapia do INCA no período de Janeiro de 2010 a Junho de 2014. Na primeira parte do estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre sensibilidade e especificidade dos principais testes sorológicos para sífilis. A segunda parte foi dividida em três fases: i) uma análise comparativa do perfil de resultados na triagem sorológica utilizando os testes VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) entre 2010 e 2011 e ChLIA (Chemiluminescent Immunoassay) entre 2012 e 2013); ii) análise das propriedades e concordância de dois testes ChLIA (Architect® Syphilis TP e Liaison® Treponema Scren) com o FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody-Absortion) como comparador; iii) e análise de possíveis associações das variáveis idade, gênero, estado civil, nível de escolaridade, utilização de medicamentos e concomitância de reatividade para outros agentes infecciosos com resultados positivos e/ou falsos positivos. Resultados: a revisão bibliográfica incluiu 49 artigos. A variação da sensibilidade e da especificidade encontrada foi: 62,2 – 83,7 e 83,9 – 100 para o VDRL; e 95,8 – 100 e 78,4 – 100 para o ChLIA, respectivamente. No período em que foi utilizado o VDRL, a taxa de reatividade para sífilis foi de 1,01% (N = 28.158). Dos inicialmente reativos, foi possível confirmar o resultado após coleta da segunda amostra de 65,96% (188) dos doadores. Já no período em que foi utilizado o ChLIA, foram triados 25.577 doadores e a taxa de reatividade para sífilis aumentou para 2,66%. Retornaram para coleta de segunda amostra 52,48% (360) doadores. Foi encontrado perfil de resultados semelhantes com taxas de falsos positivos de 40,5% para o VDRL e 37,4% para o ChLIA (p = 0,5266). Entre os testes ChLIA, o Liaison® Treponema Scren apresentou melhores resultados de concordância com o FTA-ABS e especificidade (81% e 87% respectivamente) do que o Architect® Syphilis TP (71% e 79%). Foi encontrada associação entre idade mais avançada e níveis de escolaridade mais baixos com os resultados positivos para sífilis. Conclusão: a nova metodologia introduzida na triagem sorológica apresentou desempenho inferior ao esperado quanto à especificidade. Este resultado sugere a importância de se investir em estudos para avaliar custo-efetividade de novas estratégias para redução das perdas de doadores em casos de falsos positivos |