A geração retomada: cineastas, contexto social e a imagem de sociedade nos filmes Carlota Joaquina e Cidade de Deus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nakatani, Tony Shigueki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-09042018-132319/
Resumo: O objetivo do presente trabalho é o de realizar uma análise do cinema brasileiro contemporâneo, em específico o período que ficou conhecido como o cinema da Retomada. Procurei analisar o cinema da Retomada a partir de duas perspectivas teóricas, que levam em consideração tanto a análise interna dos filmes, quanto de uma análise dos aspectos que dizem respeito à forma como ele se organiza, buscando compreender o contexto social e político em que ele se insere, quais são as principais figuras que se destacam dentro do cenário cinematográfico que vai da segunda metade dos anos 1990 até o início dos anos 2000. Em relação ao primeiro aspecto, tomaram-se como marcos os filmes Carlota Joaquina, princesa do Brazil (1995), dirigido por Carla Camurati, e Cidade de Deus (2002), dirigido por Fernando Meirelles e codirigido por Kátia Lund. Serão esses os filmes que analiso neste trabalho, procurando identificar os grupos sociais retratados pelas películas, o sistema de relações estabelecidos entre eles, além de considerar as recepções da crítica e as trajetórias sociais de seus respectivos diretores. E em relação ao segundo aspecto, foi possível identificar no contexto da Retomada, a presença de características que definem um grupo de cineastas em torno de um sentido sociológico de geração, cujas figuras somente se inserem na área cinematográfica devido a uma conjuntura específica, decorrente das transformações institucionais e políticas do Estado brasileiro nesse fim do século XX.