O campo da Retomada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nakatani, Tony Shigueki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-09012025-132715/
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre o campo cinematográfico brasileiro em fins dos anos 1990 e início dos anos 2000, também conhecido como o cinema da Retomada, cujo período pode ser compreendido entre 1995 e 2002. Trata-se de um período em que, após anos de dificuldades graves no setor, operam-se mudanças sociais no país que acarretam um novo ciclo de produções cinematográficas de longas-metragens. A investigação procura compreender as novas configurações do campo cinematográfico, na qual novos agentes se inserem após a viabilização de políticas públicas setoriais, garantindo uma continuidade de produções fílmicas no país, decorrentes principalmente de incentivos fiscais. Para isso, realiza-se um breve comparativo entre as políticas públicas desenvolvidas no Brasil e na Argentina, refletindo sobre os resultados e impactos para os seus respectivos mercados. Compreendendo o papel das políticas públicas, parte-se, então, para compreender os novos posicionamentos dos cineastas que ingressam no campo cinematográfico brasileiro, dentro do contínuo entre o polo da arte pura ao da arte comercial – ou do \"cineminha\" ao \"cinemão\", no jargão próprio do campo. Compreende-se que a Retomada, além de conseguir formar uma nova \"geração\" de cineastas, reestrutura também os espaços ocupados por novos e antigos agentes do campo cinematográfico brasileiro. Por fim, procuramos compreender por meio das obras fílmicas, como eles traduzem esse momento pela qual passava a sociedade brasileira, recém redemocratizada, com novas perspectivas políticas, econômicas e sociais, que acabaram tendo reflexos significativos no próprio setor cinematográfico