Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martins, Jacqueline Cristina Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122019-173022/
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Resumo: |
Por um longo período, a Educação Física esteve afastada da Educação de Jovens e Adultos. Contribuiu com esse fato tanto a legislação que a rege como as práticas pedagógicas que não consideram as singularidades dos seus sujeitos. Ancorada em pressupostos que concebem as aulas como momentos de realização de exercícios físicos extenuantes, e por isso não seriam adequadas a esses estudantes, a frequência é desnecessária e, às vezes, a própria oferta do componente curricular. Em muitos casos, quando acontecem, as aulas são tratadas como meras atividades, deixando de lado o caráter pedagógico e realizando práticas que caberiam em outros espaços, como clubes e academias. Apesar do quadro desanimador, o tema tem despertado o interesse dos pesquisadores. Embora ainda seja pequena, a produção científica sobre o assunto sinaliza a emergência de uma outra forma de compreender a Educação Física na EJA. Com esse intuito, foram desenvolvidas e analisadas experiências com o chamado currículo cultural em um Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) localizado no município de São Paulo. Adotando a pesquisa descritiva como método e a análise cultural como forma de interpretar os relatos das experiências, as entrevistas com estudantes, professores e gestores da escola e os documentos pedagógicos, foi possível reconhecer a potência da Educação Física cultural na EJA, graças ao diálogo travado com os sujeitos e com o contexto social vigente. A investigação reconhece diferentes significações atribuídas ao componente curricular e compreende tal polifonia como fruto do contexto social vigente, a Pós-Modernidade. O estudo também identifica certas especificidades do currículo cultural quando colocado em ação na modalidade Educação de Jovens e Adultos, como o estabelecimento de rotinas nas aulas com vistas a proporcionar a uma participação mais efetiva dos estudantes com deficiência; e um olhar mais detido sobre as habilidades corporais envolvidas nas manifestações tematizadas, a fim de proporcionar um engajamento equilibrado nas atividades propostas. Conclui-se, portanto, que o currículo cultural de Educação Física se apresenta como possibilidade de mudança para o atual cenário da Educação Física na EJA. |