Desafios e possibilidades do currículo cultural da Educação Física no triênio pandêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Raquel Aline Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48140/tde-06092023-103305/
Resumo: Tendo em vista as recentes demandas para a educação escolar, ocasionadas pela pandemia de COVID-19, doença causada pelo vírus Sars-Cov-2 (o novo coronavírus), que provocou inúmeras modificações no cotidiano escolar com o advento do ensino emergencial em seus formatos remoto (ERE) e híbrido (EHE), buscamos identificar os limites e possibilidades do trabalho educacional durante o período, realizado por professores que afirmam colocar em ação o currículo cultural da Educação Física em escolas de São Paulo. Os procedimentos metodológicos da pesquisa consistiram no mapeamento e análise de vídeos e relatos de experiências, produzidos durante o período de isolamento social, e na etnografia do ensino híbrido, realizada junto a uma professora de Educação Física que se afirma culturalmente orientada. Buscando construir novos sentidos e questionamentos sobre o objeto, recorreu-se à netnografia das videoaulas produzidas durante o ERE e o EHE; a etnografia pós-crítica em uma escola municipal de São Paulo; análise dos registros docentes publicados durante o triênio pandêmico; e entrevistas narrativas com professoras/es alinhados à proposta. As análises indicam que, apesar das restrições impostas pela pandemia, as/os professoras/es atuantes do currículo cultural de Educação Física foram agenciadas/os pelos seus princípios ético-políticos e promoveram as cenas didáticas preconizadas por essa concepção de ensino. Os dados também evidenciam a apropriação de ferramentas virtuais, tanto nos ERE e EHE quanto no retorno às aulas presenciais. Para além da flexibilidade possibilitadora do cumprimento dos protocolos de segurança sanitária, o currículo cultural em sua característica fluida e artistada se mostrou potente, no sentido de encontrar alternativas para a manutenção do contato pedagógico escola-estudantes. As visitas às escolas quanto ao retorno às aulas 100% presenciais, nos fizeram inferir uma rápida volta da rotina escolar à normalidade, ainda que o uso das tecnologias tenha ganhado espaço e validação como ferramenta pedagógica importante no cotidiano escolar.