Avaliação da inserção do dispositivo intrauterino TCu 380A pós-parto imediato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Giovanelli, Silvana Aparecida [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/64673
Resumo: Objetivos: Avaliar a aceitação das mulheres à oferta de inserir um DIU no pós-parto imediato. Avaliar os principais desfechos clínicos associados ao método no primeiro ano após a inserção. Método: Este estudo coorte avaliou os prontuários de todas as mulheres que deram à luz no Hospital Municipal Universitário, um hospital público em São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo no período entre agosto/2016 a dezembro/2017 e que receberam a oferta de inserir um DIU TCu 380 até 10 minutos após a dequitação placentária. Incluímos na análise dos desfechos clínicos todas as usuárias que compareceram à pelo menos uma consulta de seguimento ambulatorial nos primeiros 12 meses após a inserção. Os desfechos primários avaliados foram as taxas de aceitação, expulsão, continuidade, e a satisfação com o método no primeiro ano de uso. Os desfechos secundários foram a incidência de sangramento uterino excessivo, dismenorreia, infecção, perfuração e gravidez durante o primeiro ano de seguimento. Resultados: Das 8.043 mulheres que deram à luz no hospital durante o período do estudo, 1.721 (21,4%) aceitaram a oferta de inserir o método. Compareceram a algum retorno ambulatorial pós-parto 31,6% das usuárias. A taxa de expulsão ao longo do primeiro ano foi de 14,7% (80/543). No retorno com 12 meses, a taxa de continuidade foi de 69,1%, e com relação a satisfação 74,4% delas se declararam estar satisfeitas com o método. Após seis meses a incidência de sangramento menstrual aumentado foi de 54,9% e a avaliação de dismenorreia (escore de 7-10 em escala visual analógica de 0-10) foi relatada por 45,6% das usuárias. Não houve nenhum caso de infecção pélvica. A incidência de perfuração foi 0,2% e a presença de gestação foi 0,4% nos primeiros 12 meses após a inserção do método. Conclusão: Mais de um quinto das mulheres que deram à luz em um hospital público brasileiro aceitaram a inserção do DIU-PPI. Entre as mulheres que retornaram para controle ambulatorial, a incidência de expulsão se manteve dentro dos limites descritos na literatura, a taxa de continuidade e a satisfação das usuárias foram altas, e houve poucos casos de complicações.