Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Pelegrino, Viviane Martinelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-27052008-144220/
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Resumo: |
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica e incapacitante de alta morbi-mortalidade que provoca mudanças na qualidade de vida relacionadas à saúde (QVRS). Foi realizado um estudo descritivo, correlacional tipo corte transversal com 138 pacientes com IC em seguimento ambulatorial com os objetivos de avaliar: o estado geral de saúde por meio do Medical Outcomes Survey 36 - Item Short-Form (SF-36), o impacto da IC na vida diária utilizando o Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e analisar as relações entre essas duas variáveis e do estado de saúde percebido e do impacto da IC com variáveis sócio-demográficas e clínicas. Os dados foram coletados por entrevistas e, posteriormente, processados e analisados por meio de estatística descritiva, teste de correlação de Pearson, teste t e ANOVA para comparação entre os grupos e análise da consistência interna dos instrumentos usados (? de Cronbach). O nível de significância foi de 0,05. Como resultados constatamos que a maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade média de 56 anos, casados, baixa escolaridade e aposentados com renda média mensal individual de dois salários mínimos. Clinicamente, apresentaram IC secundária à miocardiopatia Dilatada Idiopática seguida da miocardiopatia Chagásica com classe funcional (CF-NYHA) II e III, grave disfunção sistólica, ou seja, menor valor da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e com outras doenças associadas. Os instrumentos apresentaram, em sua maioria, consistência interna satisfatória (0,44 a 0,88 para o SF-36 e 0,78 a 0,93 para o total do MLHFQ e suas dimensões). A avaliação dos valores do SF-36 pode variar de zero a 100 com maiores valores indicando melhor estado de saúde percebido enquanto a avaliação dos valores do MLHFQ varia de zero a 105 com maiores valores indicando maior impacto da IC na vida diária dos pacientes. Os resultados foram apresentados em média e desvio-padrão. Os componentes mais comprometidos do SF-36 foram os Aspectos físicos (36,8+41,2) e Aspectos emocionais (47,6+43,9). O MLHFQ obteve valor de 35,8 (+24,9) para o total, 13,6 (+11,5) para dimensão física e 8,3 (+6,7) para a emocional. A correlação entre os instrumentos foi de forte magnitude e todas estatisticamente significantes. O impacto da IC na vida das mulheres (41,2+24,3) foi maior que os homens (32,2+24,9). A correlação entre o MLHFQ e idade e tempo de seguimento ambulatorial apresentou-se negativa e fraca, mas estatisticamente significante apenas para o tempo. As correlações do MLHFQ total e as variáveis clínicas foram estatisticamente significantes. O impacto da IC tende a aumentar com menor FEVE e maior CF-NYHA. O estado de saúde percebido e o impacto da IC na vida diária estavam moderadamente comprometidos. Quanto pior a percepção sobre o estado geral de saúde mais os pacientes com IC sentem o impacto dessa condição crônica de saúde sobre sua vida diária. Os pacientes com IC apresentaram comprometimento no seu estado de saúde percebido e sofreram com o impacto dessa doença em suas vidas diárias afetando a qualidade de vida. Mensurar a qualidade de vida relacionada à saúde permite a identificação de aspectos relevantes percebido pelos pacientes. A utilização dessas medidas, ou seja, o estado de saúde percebido e o impacto da IC na vida diária tornam-se uma ferramenta na identificação desses aspectos. Os resultados advindos dessas medidas poderão ser usados para subsidiar a assistência à saúde desses pacientes. |