Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pelegrino, Viviane Martinelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07012016-102600/
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Resumo: |
Introdução. As internações ou readmissões hospitalares de indivíduos com descompensação da Insuficência Cardíaca (IC) são decorrentes de vários fatores, entre eles a não adesão ao tratamento. Objetivo. Avaliar o impacto de uma intervenção educativa voltada para o autocuidado de pacientes com IC considerando a QVRS, adesão ao tratamento e o relato de sinais e sintomas três meses após a alta hospitalar. Método. Estudo quase experimental de série consecutiva com alocação de pacientes internados com IC descompensada para dois grupos, intervenção (GI) e controle (GC). A intervenção constou de orientações individuais sobre a IC e folheto educativo na internação, e reforço das orientações por telefonema um mês após a alta hospitalar (GI). O GC recebeu o cuidado usual. O desfecho principal foi a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) avaliada pelo Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e os secundários foram a adesão farmacológica avaliada pela Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT), adesão não farmacológica e sinais e sintomas da IC. Para a análise estatística utilizou-se de análise descritiva, teste t de Student para amostras independentes, Qui-quadrado ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas, teste de correlação de Pearson e análise de regressão. O nível de significância foi de 0,05. Resultados. Em relação à QVRS, três meses após a alta, não houve diferença estatisticamente significante para as medidas do MLHFQ total (p=0,19), físico (p=0,20) e emocional (p=0,51). Na análise de regressão \"forward\" foram inseridas no modelo, uma a uma, idade, QVRS, depressão e senso de coerência (avaliadas na internação). O coeficiente de grupo mostrou que os participantes do GI tinham, em média, 5,2 pontos a menos (menor impacto da doença/maior QVRS) do que os do GC, mas sem significância estatística. Essse modelo explicou, apenas, 7% da variância da QVRS aos três meses após a alta. Houve alta percentagem de participantes em ambos os grupos que relataram adesão farmacológica na hospitalização e três meses após a alta hospitalar (mais de 70% inicial e 80% no seguimento) (p=0,45). Na avaliação da adesão não farmacológica, três após meses a alta hospitalar, o controle de peso foi relatado em maior número pelos participantes do GI (p=0,007). A realização de atividade física foi o item menos citado, não havendo diferenças entre os grupos. Quanto ao número de sinais e sintomas relatado após três meses da alta, embora os valores apresentados não tenham diferença estatisticamente significante, notamos que há uma proporção maior de indivíduos no GI do que no GC que não teve qualquer sintoma ou teve apenas um ou dois sintomas. Portanto, a intervenção, se melhorada, é promissora para a adesão medicamentosa. Conclusão. Três meses após a alta hospitalar, os participantes com IC que receberam uma intervenção educativa reforçada por contato telefônico não apresentaram melhores avaliações na QVRS e na adesão farmacológica do que os indivíduos que receberam o cuidado usual. Idade dos participantes e as medidas da QVRS, depressão e senso de coerência, obtidas durante a internação, explicaram apenas 7% da variância da medida de QVRS aos três meses após a alta |