Quem sou eu e quanto posso aprender? Identidade e investimento de alunos do curso de inglês básico do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paulino, Ana Carolina Moreira
Orientador(a): Lima, Marília dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6045
Resumo: Este trabalho objetiva investigar, à luz de um escopo teórico advindo das áreas da Linguística Aplicada e das Ciências Sociais, as relações entre as representações da língua inglesa, as identidades, as comunidades imaginadas e o investimento dado por aprendizes participantes de uma turma do curso de inglês básico do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) à aquisição da língua inglesa. Para chegar às respostas das perguntas norteadoras da pesquisa, foi utilizada como metodologia a pesquisa narrativa, que garante, por sua perspectiva êmica, que os participantes do estudo tenham voz para expressar, através de seus relatos, suas próprias experiências e opiniões. Os instrumentos utilizados para a geração dos dados foram entrevistas episódicas com três participantes, além da observação de aulas em diferentes etapas do curso, acompanhada de anotações de campo. As representações da língua inglesa como a língua do mercado de trabalho e do turismo, que trazem consigo o viés utilitarista da língua, vendo-a como uma chave de acesso a uma gama de informações, cultura, e oportunidades profissionais, foram as mais encontradas nas narrativas dos participantes. Percebeu-se também que as identidades dos aprendizes são múltiplas e estão em constante conflito, e que determinam quando e como cada um pode se expressar. As comunidades imaginadas dos aprendizes dizem respeito a grupos de profissionais do turismo que têm oportunidades de trabalho através do conhecimento da língua inglesa, viajantes internacionais e até mães dedicadas ao sucesso escolar de seus filhos. Concluiu-se que as representações, identidades e comunidades imaginadas dos aprendizes são construídas através de discursos presentes nos diversos contextos de que participam, e que são sempre permeadas por relações de poder, que incentivam ou inibem o seu investimento na tarefa de aprender a nova língua.