A contrarrevolução neoliberal e as teorias sobre a crise do sindicalismo brasileiro nos anos 1990: uma análise crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Marco Aurelio Zborowski
Orientador(a): Pinho, Carlos Eduardo Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11468
Resumo: O tema desta dissertação é a crise sindical, ou poderíamos dizer as crises sindicais (BRIDI, 2006). Concentra-se no período da “década neoliberal”, 1990 (CARDOSO, 2003), com as reformas orientadas para o mercado que precarizaram o mercado de trabalho. Nesse sentido, o presente trabalho pretende assinalar nossa contrariedade com a teoria da crise sindical. Em primeiro lugar, nos referimos ao fato de que ainda vivemos em uma sociedade capitalista e os sindicatos nasceram com ela para defender os trabalhadores do poder dos empregadores. Em segundo, temos uma compreensão teórica sobre a função dos sindicatos em uma sociedade capitalista: os sindicatos não são um partido político e, portanto, não são os únicos responsáveis para fazer as transformações sociais. Eles fazem parte desse processo. É um estudo que se apoia na história, nas ações das classes dominantes contra os trabalhadores. O método adotado é a análise bibliográfica que busca identificar os principais argumentos da crise do sindicalismo brasileiro na década de 1990 a fim de verificar se podemos falar em crise ou em mudança de estratégias ou de repertórios no período analisado. A base teórica é a Teoria do Confronto Político que trata dos ciclos de protestos e das oportunidades de ação política. Examina a relação entre sindicalismo e democracia para identificar as oportunidades de ação sindical. Traçamos um histórico da constituição da classe trabalhadora no Brasil e como se construiu o movimento sindical, bem como as ações das classes dominantes para controlar, através do Estado, as lutas sociais e impedir as classes subalternas de se organizarem de forma autônoma. Abordamos o período do golpe civil-militar que interrompeu a ascensão sindical nos anos 1960 e adentramos, na conclusão, em breve análise dos anos 2000 com o período democrático e de conquistas de 2003-2016 e o retrocesso após o golpe jurídico-parlamentar de 2016.