Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Luiza Dias de |
Orientador(a): |
Vieira, Miriam Steffen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8711
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Resumo: |
A presente dissertação aborda o contexto da maternidade dentro do sistema penitenciário a partir da Unidade Materno-Infantil do Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier (PEFMP), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no período de julho de 2018. De forma específica, busco compreender como se dá a experiência da maternidade, permeada pelo Estado e atravessada pelas relações entre presas e técnicas, presas e presas e presas e suas famílias. A análise foi desenvolvida a partir da perspectiva da Antropologia do Estado. A metodologia privilegiada desta pesquisa foi a etnografia, baseada na observação participante, em entrevistas e na elaboração de um diário de campo. A pesquisa de campo foi fundamental na construção da compreensão acerca dos percursos do Estado, das imbricações da maternidade no ambiente carcerário e das interseccionalidades de gênero e raça que atravessam o sistema. Foi possível constatar as formas em que o Estado se faz presente e ausente na vida dessas mulheres encarceradas, desde os processos judiciais até as relações com as técnicas e agentes, por vezes afetivas e por outras repletas de tensões. Também foi possível constatar a seletividade do sistema, analisando os dados fornecidos pelas próprias presas, assim como perceber formas de racismo no sistema. Complementarmente, as relações entre mães e bebês foram observadas amplamente, sendo possível concluir que as mulheres são submetidas ao confinamento direto e contínuo com os filhos, para, em um momento posterior, serem separadas deles. |