Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Magro, Maria Eduarda |
Orientador(a): |
Bauer, Caroline Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282441
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Resumo: |
Essa dissertação se concentra na investigação da Penitenciária Feminina Madre Pelletier (PFMP) enquanto local de encarceramento político de mulheres militantes de esquerda durante a ditadura civil-militar brasileira, sob o recorte de 1964 a 1979, que compreende o período em que se observou o aprisionamento de presas políticas na instituição. Ao reconhecer a mobilização de diferentes estruturas punitivas pelo aparato repressivo da ditadura, propõe-se identificar as especificidades do aprisionamento de mulheres consideradas “subversivas” em uma instituição carcerária. Para tanto, o trabalho se ampara em um amplo conjunto documental, que inclui testemunhos orais concedidos no âmbito dessa pesquisa; os processos de indenização salvaguardados no Fundo Comissão Especial de Indenização do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS); os testemunhos concedidos à Comissão Estadual da Verdade do Rio Grande do Sul (CEV/RS); assim como os documentos produzidos pela Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor D’Angers, responsável pela administração da penitenciária, e o acervo repressivo do Serviço Nacional de Informações (SNI) disponibilizado pelo Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN). Essas fontes são indagadas sobre aspectos como a trajetória de militância das mulheres que viriam a ser encarceradas na PFMP; a criminalização de suas ações políticas ao transformá-las em subversivas; a mobilização dos espaços de detenção e reclusão pela engrenagem repressiva; e a incidência de violações específicas na penitenciária. Desse modo, o estudo busca sublinhar as expressões repressivas ainda pouco discutidas pela historiografia, propondo situar o cárcere enquanto local de graves violações aos direitos humanos, ao investigar a reconfiguração das violências direcionadas contra as militantes de esquerda em uma instituição prisional. |