Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Flávio Adorno |
Orientador(a): |
Barcellos, Nêmora Tregnago |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Escola de Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9428
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Resumo: |
Objetivos: Determinar a prevalência do uso de medicação para ereção (EDM) e fatores associados entre estudantes universitários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de base universitária, cuja população foi constituída por 2.295 graduandos vinculados aos cursos de Enfermagem, Odontologia, Medicina, Fisioterapia, Farmácia e Educação Física. Foram incluídos no presente estudo participantes do sexo masculino regularmente matriculados durante o período da pesquisa, com idade igual ou maior a 18 anos, com prevalência de 13,1% do uso de EDM nessa população. Foram excluídos estudantes que informaram não terem tido relações sexuais (13,3%) e que informaram disfunção erétil (4,6%). O desfecho foi o autorrelato de uso de medicação para ereção. As exposições incluíram varáveis sociodemográficas, acadêmicas, características comportamentais, prática sexual, uso de preservativos e passado de infecções de transmissão sexual (ISTs). Os dados foram descritos através de médias e percentagens. A análise dos dados utilizou regressão de Poisson com variância robusta para controle dos fatores de confusão. Resultados: Na amostra estudada os participantes tinham idade média de 23,2 anos (amplitude de 17 a 59). O uso recreativo de inibidores da 5-fosfodiesterase (i5FD) apresentou prevalência crescente com a idade, foi maior naqueles de classe econômica “A”, entre estudantes de medicina, nos anos intermediários dos cursos, naqueles que não haviam sido reprovados, nos fumantes, naqueles que haviam usado drogas, naqueles com maior número de parcerias, entre heterossexuais, naqueles que não haviam usado preservativo na última relação sexual e entre os que apresentavam história passada de IST. Na análise multivariada a idade, o curso frequentado, o tabagismo e o passado de ISTs se mostraram independentemente associadas ao uso não medicamentoso dos i5FD. Desta forma a chance de uso recreativo de i5FD cresceu significativamente com a idade dos participantes sendo naqueles com 25 anos ou mais três vezes aquela encontrada entre universitários de 18 e 20 anos de idade (RP 3,03 IC95% 1,32- 6,93), maior entre os alunos do curso de medicina (RP 2,48 IC95% 1,10-5,64), entre os tabagistas (RP 1,94 IC95% 1,19-3,16) e aqueles que referiam história de IST (RP 2,09 IC95% 1,20-3,61). O álcool, que não havia mostrado diferença na análise bivariada, não modificou sua associação na análise multivariada. Conclusão: Compreender os motivos que levam jovens a utilizar medicamentos para ereção, conhecer a prevalência e frequência de seu uso, identificar fatores associados ao uso, tanto em relação à motivação, quanto aos riscos associados, ainda é um desafio a nível mundial. Uso recreacional de EDM por adultos jovens, assim como disfunção erétil nessa população, podem vir a representar uma nova preocupação para nosso sistema de saúde. As definições de disfunção sexual entre os jovens podem necessitar atualizações. Diante dos resultados obtidos, é possível inferir que os homens podem estar utilizando medicamentos não prescritos também para lidar com problemas de saúde sexual não reconhecidos. Diante da escassez de estudos avaliando essa possibilidade, nossos resultados poderão estimular a comunidade científica a produzir artigos que tragam dados objetivos, possibilitando o planejamento e implementação de ações de promoção de saúde entre homens de todas as idades. |