Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Souza, Juliana Alles de Camargo de |
Orientador(a): |
Giering, Maria Eduarda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4460
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Resumo: |
O infográfico tem sido amplamente utilizado em diversas situações comunicativas que envolvem diversos campos do conhecimento, em especial, no domínio midiático. No âmbito da Divulgação da Ciência na Mídia (DCM), destaca-se o infográfico que se orienta para as visadas do fazer-saber e fazer-compreender ciência, marcado pelo fazer-sentir promovido pela plasticidade das cores, das formas e das topografias utilizadas. Mesmo assim, são escassos os trabalhos de investigação sobre esse texto sincrético (em que imagem e palavra, simultaneamente, produzem o sentido). Consequentemente, foram encontrados, desde o início desta pesquisa, apenas estudos no campo do periodismo, na Comunicação. Por esse motivo, esta tese objetiva investigar o infográfico do ponto de vista discursivo-linguístico, fundamentando a ação nas teorias Semiolinguística e Linguística Textual, suplementadas pelos aportes epistêmicos da Semiótica Plástica. Esta possibilita analisar a imagem e integra a visão da Linguística focalizada nesse texto ancestral e contemporâneo da comunicação humana. Especificamente, objetiva-se analisar como se configuram os processos constitutivos da tessitura linguística da infografia, uma vez que os mecanismos de linguagem verbal e visual apontam para ações descritivas, narrativas e explicativas. Integram o percurso metodológico, primeiro, a constituição de um corpus de 58 textos infografados, isolados ou inseridos em matérias mais extensas, das revistas de divulgação científica midiática "Superinteressante", "Saúde! é vital" e "Mundo Estranho", selecionados entre agosto de 2008 e dezembro de 2009; segundo, o exame de aspectos discursivo-textuais de cada infográfico, compondo uma tabela de anotações revisada a cada semestre dos anos da elaboração da tese. Dessa observação e desses procedimentos, levantaram-se teorias que pudessem esclarecer a composição do infográfico DCM, o que implica assumir o caráter qualitativo da metodologia. Anotam-se os seguintes resultados: o infográfico da DCM se revela descritivo verbovisualmente; essa feição descritiva possibilita ancorar ações narrativas (em menor escala) e oportuniza, na grande maioria dos textos examinados, explicações sobre fenômenos, objetos e fatos, tanto em sequências explicativas quanto em fins ilocutórios dos textos, relacionados à ciência ou à tecnologia. Por consequência, a infografia tem um papel destacado nas explicações complexas, já que a verbovisualidade promove a otimização informativa (faz-saber e faz-compreender). Conclusivamente, é possível categorizar o infográfico como um texto relevante do letramento verbal, científico e visual e sustentar que as pesquisas sobre essa forma de produzir sentidos em texto são significativas para ações educativas, previstas, inclusive, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e em projetos ou programas de letramento em diversas áreas de conhecimento humano. |