Padrões alimentares e fatores associados em escolares do 1º ano do ensino fundamental de escolas municipais de São Leopoldo, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bratkowski, Gabriela Rodrigues
Orientador(a): Henn, Ruth Liane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10211
Resumo: O objetivo deste trabalho foi identificar padrões alimentares (PA) e seus fatores associados em escolares do 1º ano do ensino fundamental matriculados nas escolas municipais de São Leopoldo, RS. Trata-se de um estudo transversal, de base escolar, com uma amostra de 782 escolares de 6 a 8 anos de idade. Este trabalho fez parte da pesquisa "Adesão aos 10 passos da alimentação saudável para crianças entre escolares do 1º ano das escolas municipais de ensino fundamental de São Leopoldo, RS". Os dados foram coletados em 2011, por meio de um questionário estruturado, padronizado e pré-codificado, aplicado à mãe/responsável pelo escolar, por entrevistadores treinados, após estudo piloto. Por meio do método estatístico de análise de componentes principais, foram encontrados quatro padrões na população estudada: PA1 ("frutas, verduras e peixe"); PA2 ("doces e salgadinhos"); PA3 ("laticínios, apresuntado e biscoitos") e PA4 ("comum brasileiro"). Foram testadas associações destes padrões com variáveis sociodemográficas, comportamentais e insegurança alimentar (IA). Para isso, foram calculadas razões de prevalência brutas e ajustadas, por meio de regressão de Poisson. Após ajuste, a probabilidade de adesão ao PA1 foi 55% maior entre os que realizavam o desjejum (p=0,038) e aumentou linearmente com a diminuição na frequência de refeições em frente à tela (p=0,015). A adesão ao PA2 diminuiu linearmente com o aumento da escolaridade materna (p=0,020) e com a diminuição na frequência de refeições em frente à tela (p=0,015). À medida que aumentou a escolaridade materna, observou-se maior probabilidade de adesão ao PA3 (p=0,030) e menor ao PA4 (p=0,48). Escolares com IA e suficientemente ativos apresentaram maior probabilidade de adesão ao PA4 (44% e 45%, respectivamente). Os resultados apontaram para a influência de fatores socioeconômicos, da IA e de aspectos comportamentais na adesão aos PA encontrados. Os achados deste estudo são pertinentes, visto que corroboram com outros encontrados na literatura, podendo ser utilizados para o embasamento de futuras ações que promovam mudanças de hábitos e comportamentos alimentares. Além disso, quando se trata de crianças, a alimentação precisa de atenção especial, tendo em vista que esta é uma fase de crescimento, desenvolvimento e formação de hábitos alimentares.