A participação feminina nos conselhos de administração e o desempenho corporativo: um estudo sobre as empresas listadas na BM&FBOVESPA de 2002 a 2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Carine de
Orientador(a): Macagnan, Clea Beatriz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3182
Resumo: Este estudo examina a inclusão de mulheres nos conselhos de administração. Especificamente, investiga-se se existe relação entre a participação de conselheiros do gênero feminino e o desempenho econômico-financeiro medido pelo retorno sobre ativos (ROA) e Q Tobin. A fim de testar as hipóteses, foram utilizados dados das empresas listadas na BM&FBOVESPA, no período de 2002 a 2011. Como resultado da pesquisa, não se encontrou uma relação significativa entre a participação feminina nos conselhos de administração e a medida de desempenho ROA, esta estimada em dados em painel. O Q Tobin apresentou significância positiva em regressão realizada com dados em painel quando a variável independente é estimada por dummy, existe a presença 1 ou não existe a presença 0, de mulheres nos Conselhos de Administração, e quando variável independente é testada por proporção de participação feminina nos Conselhos de Administração a relação não apresenta significância a 10%, a 5% ou a 1%. O R² ajustado, entretanto, apresentou resultados inferiores a 3%, representando uma pequena relação entre as variáveis do modelo e sua possível influência sobre o desempenho. Através da análise teórica (Teoria Institucional) sugere-se que o gênero poderá ter tanto um efeito positivo ou negativo, quanto neutro, sobre o desempenho econômico-financeiro da empresa. A análise estatística apoia a posição teórica de efeito, positivo ou nulo. Os resultados são consistentes com a explicação de que as instituições representam valores, regras, normas e evoluem com o tempo, e, portanto, a presença das mulheres nos Conselhos pode ser diferente em circunstâncias diferentes e em momentos diferentes. Na análise realizada, não foi possível afirmar que a presença feminina contribui para o desempenho econômico-financeiro da empresa. No entanto, não se encontrou evidência significante de efeito negativo. O resultado do estudo sugere que as decisões relativas à nomeação de mulheres para os Conselhos de Administração devem ser baseadas em critério diferente do desempenho econômico-financeiro.