Associação entre o consumo de ultraprocessados e características de hiperatividade em adolescentes: estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Ricardo Campos
Orientador(a): Campagnolo, Paula Dal Bo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12652
Resumo: Este estudo longitudinal tem como objetivo verificar a associação entre consumo de ultraprocessados e a presença de características de hiperatividade em adolescentes. O estudo consiste em uma análise de dados secundários de um estudo maior, o qual possui delineamento de ensaio de campo randomizado com crianças recrutadas ao nascimento. Ao nascimento, os pares mãe-filho foram randomizados em grupo intervenção e controle, sendo que o grupo intervenção foi submetido a um programa de orientações dietéticas, relativo as diretrizes elaboradas pela Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde denominadas: “Dez Passos da Alimentação Saudável para crianças menores de dois anos”. O estudo compreendeu quatro fases de coleta de dados, através de visitas domiciliares mediante entrevista com as mães. As análises do presente estudo consideraram os dados coletados aos 3-4, 7-8 e 12-13 anos e não levou em consideração o grupo inicial que a criança fazia parte. Foram realizados dois inquéritos recordatórios de 24 horas com cada criança, e a partir deles foi calculado o consumo de ultraprocessados em gramas, kcal e percentual de energia em relação ao valor energético total da dieta. Foi aplicado o questionário de capacidades e dificuldades SDQ versão para os adolescentes, instrumento este que rastreia problemas de saúde mental e foi respondido pelos próprios participantes (versão destinada para adolescentes de 11-16 anos). Quanto aos resultados com significância estatística, foi observado que o consumo de kcal vindas de alimentos ultraprocessados aos 4 anos e o excesso de peso aos 12 anos estão associados a presença de características de hiperatividade na adolescência (p=0,002 e p=0,034). Este estudo evidencia que o consumo de uma alimentação não saudável na infância pode impactar em aspectos comportamentais na adolescência, o que reforça a importância da atuação precoce visando o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.