Família e escola: dos grupos de WhatsApp à parceria do acompanhamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carneiro, Fabiano
Orientador(a): Ghisleni, Ana Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Educacional
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13245
Resumo: Esta dissertação tem como tema a gestão da relação entre a escola e as famílias no Colégio Loyola, uma das unidades da Rede Jesuíta de Educação (RJE), no atual cenário marcado, tanto pela rápida comunicação por meio de redes sociais e aplicativos de troca de mensagens (cultura digital), quanto pela hegemonia de ideologias conservadoras. Com isso, busca-se analisar como se dá essa relação, que passa pela comunicação, pelo atendimento aos estudantes e às famílias, assim como pelo uso de sistemas de acompanhamento dos discentes nos colégios jesuítas no Brasil. O objetivo geral é analisar como a escola lida com a participação das famílias no atual contexto marcado pela cidadania digital, em que são questionados os espaços oficiais de participação abertos pela escola e no qual a informação se torna cada vez mais veloz, em versões indistintas, sem autoria e compromisso com a fidedignidade das informações. Quanto à abordagem, a investigação é qualitativa, com vistas a buscar detalhes sutis da relação escola e família escondidos no cotidiano dos atores que protagonizam essa vivência. Em termos procedimentais, esta pesquisa configura-se como um estudo de caso, e a coleta de dados decorre mediante análise documental, entrevistas semiestruturadas com gestores e grupos focais que reuniram famílias, gestores e membros da equipe de comunicação da escola analisada. Como conclusão, nota-se que a comunicação com as famílias ainda é levada a cabo pelo colégio, seguindo um receituário que se encaixa mais com o antigo cenário, no qual as relações pessoais ainda se davam por intermédio de vias menos complexas, as quais não atendem às necessidades atuais. A falta de acesso das famílias a documentos identitários da escola é um grave problema. Desse modo, conclui-se, também, que os aplicativos de troca de mensagens como o WhatsApp, reflexos de uma nova forma de relação intersubjetiva trazida pela internet, não são espaços de comunicação que propiciam o diálogo entre as pessoas, mas, sim, o confronto, a polêmica e a divulgação de informações falsas; por isso, precisam ser tratados pela gestão da escola com muita cautela.