Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Luisiane da Silveira |
Orientador(a): |
Korndörfer, Ana Paula |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Escola de Humanidades
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13254
|
Resumo: |
Por meio da presente tese, buscamos problematizar como se deu a inserção de mulheres no movimento estudantil universitário de esquerda no Rio Grande do Sul durante o processo de redemocratização do Brasil, ocorrido entre os anos de 1977 e 1985. Nosso recorte temporal é balizado pela volta das e dos estudantes às manifestações contra a ditadura civil-militar, após um período de refluxo, até o ano em que, legalmente, o regime ditatorial chega ao fim. Assim, nos primeiros capítulos deste trabalho, apresentamos um panorama do ensino superior no Brasil e no Rio Grande do Sul, bem como um levantamento historiográfico acerca do movimento estudantil e de suas lutas, sobretudo, a partir da fundação da União Nacional dos Estudantes, órgão máximo de representação estudantil. Da mesma forma, buscamos mostrar a trajetória da União Estadual dos Estudantes no Rio Grande do Sul para compreender como a entidade atuou no estado. Nos demais capítulos que compõem a pesquisa, damos enfoque à participação feminina nos espaços públicos, tanto na esfera da política estudantil como partidária. Deste modo, apoiadas metodologicamente na História Oral, realizamos uma série de entrevistas com ex-militantes do movimento social supracitado, procurando analisar, por meio dos testemunhos, como a esquerda estudantil gaúcha se organizava, principalmente, através das tendências estudantis, que eram influenciadas por partidos e/ou organizações clandestinas, e quais eram os espaços reservados às mulheres nas entidades representativas. A partir disso, trazemos uma análise acerca da invisibilidade feminina nos espaços de poder na política estudantil, pois acreditamos que o tema é de extrema relevância, já que é um fenômeno que persiste em diversos contextos, mesmo após a redemocratização, e é fundamental examiná-la para promover a igualdade de gênero e a inclusão das vozes femininas na esfera pública. Neste sentido, o trabalho pode auxiliar acerca do entendimento do papel das mulheres no ativismo político durante a transição para a democracia e, ao mesmo tempo, destacar a necessidade de igualdade de gênero e representação feminina nos espaços de poder. Além do mais, através da rememoração, o trabalho pode contribuir significativamente para a compreensão de como o movimento estudantil universitário se rearticulou no estado, principalmente após um período de refluxo, e como a juventude se envolveu em manifestações contrárias às políticas ditatoriais adotadas. |