Fronteira, ponte e rio: limites e passagens para diferentes atores em São Borja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Retamoso, Alex Sander Barcelos
Orientador(a): Lopes, José Rogério
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10044
Resumo: A presente tese objetiva compreender as dinâmicas existentes entre a fronteira, ponte e rio, mais especificamente, a fronteira entre as cidades de Santo Tomé - AR e São Borja - BR, a Ponte Internacional da Integração, e o Rio Uruguai, a partir da vivência de atores de diferentes escalas de representação que atuam na região. O estudo buscou estabelecer relações entre a polissêmica rede de conceitos sobre fronteira, escalas de atuação e os dados empíricos, bem como explorar, nas dinâmicas sociais de alguns atores regionais, os argumentos que sustentem a hipótese que, ao monopolizar o passo, ou seja, a passagem na fronteira, a Ponte Internacional da Integração transformou significativamente estas dinâmicas, trazendo uma nova lógica logística e econômica imposta. Para este estudo, optou-se pela abordagem da pesquisa qualitativa, de natureza aplicada, de caráter e objetivo exploratórios, tendo sido utilizadas técnicas de coleta de dados como levantamento bibliográfico, aliadas a registros e análise de diários de campo com observação participante e entrevistas em profundidade com dezoito atores multiescalares. Foram utilizados também registros fotográficos de campo, e, o recorte temporal foi do ano da tese e compreende o período entre 2017 a 2021, contudo, o material coletado reflete mais de oito anos de envolvimento do autor com o referido tema. As consequências destas mudanças são a esterilização das margens, visto que torna ilegal qualquer interação física que não seja pela ponte, e muito embora tenha trazido inegáveis benefícios para as comunidades do entorno, também trouxe prejuízos e sequelas para uma parcela significativa da população, os pescadores, chibeiros e ribeirinhos, e, em virtude do prazo de vinte e cinco anos estar se encerrando em breve, é possível repensar o modelo proposto.