A metáfora em videoaulas: um estudo acerca dos aspectos pedagógicos, discursivos e cognitivos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Schabarum, John Richart
Orientador(a): Chishman, Rove Luiza de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7704
Resumo: O objetivo deste trabalho é averiguar quais metáforas conceptuais e/ou discursivas são produzidas, assim como verificar seu caráter sistemático no discurso de videoaulas de Biologia no YouTube. Contamos, também, com objetivos específicos que são verificar quais os padrões textuais motivadores de organização metafórica no discurso, o grau de novidade e convencionalidade dessas metáforas, investigar a relação entre as metáforas linguísticas/conceptuais verificadas e os conceitos científicos representados por elas, assim como investigar em que medida essas metáforas funcionam como estratégias de ensino nessas videoaulas. Como aporte teórico, nos valemos das seguintes perspectivas: a Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 2002 [1980]), a perspectiva da Metáfora Sistemática (CAMERON, 1999; 2003; 2010) e a perspectiva da Metáfora no Discurso (SEMINO, 2008). Nosso corpus de estudo constitui-se de seis transcrições de videoaulas de Biologia geradas automaticamente pela plataforma YouTube. Essas transcrições foram coletadas na plataforma do YouTube e posteriormente compiladas. O passo seguinte foi a organização/divisão dessas transcrições nas sequências didáticas preconizadas por Cameron (2003). Para atender aos nossos objetivos de pesquisa seguimos os seguintes procedimentos metodológicos: (a) identificar os veículos metafóricos, (b) inferir as metáforas conceptuais e as metáforas sistemáticas/discursivas, por meio das expressões metafóricas encontradas (metáforas linguísticas) em nosso corpus de pesquisa, (c) verificar e analisar os padrões textuais apontados por Semino (2008) mais frequentes e sua relação com a emergência de metáforas linguísticas (expressões metafóricas) e conceptuais, (d) classificar as metáforas linguísticas de acordo com tipologia - convencional ou nova/criativa/imaginativa, (e) classificar as metáforas linguísticas encontradas na tipologia preconizada por Cameron (2003), que consiste em metáforas subtécnicas, técnicas e técnicas constitutivas de teoria, (f) quantificar as metáforas linguísticas (expressões metafóricas) em cada sequência didática, (g) discutir e analisar os dados. Os resultados demonstraram que há uma expressiva quantidade de metáforas conceptuais e sistemáticas/discursivas nos dados, algumas delas, inclusive, manifestando-se em mais de uma videoaula. Algumas metáforas demonstraram estreita relação com o tema/tópico da aula na qual se manifestaram, apontando, dessa maneira, para formas de conceptualização de conceitos científicos. Além disso, verificamos regularidades entre os padrões textuais por meio do qual se apresentaram no discurso e seu grau de novidade ou convencionalidade. Ao mesmo tempo, os resultados quantitativos demonstraram que as sequências didáticas mais profícuas à manifestação metafórica são a explicação, o gerenciamento de agenda e a sequência didática denominada de outros. A última constatação é a de que houve forte relação entre metáforas e a explicação de conceitos científicos e, a partir disso, o uso de metáforas configura-se como uma ferramenta/estratégia de ensino eficiente.