Projeto didático de gênero: retomando práticas e avaliando

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bartikoski, Fernanda Vanessa Machado
Orientador(a): Guimarães, Ana Maria de Mattos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6089
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar um Projeto Didático de Gênero (PDG) (GUIMARÃES; KERSCH, 2012, 2014, 2015), sob a perspectiva do trabalho de uma professora (BRONCKART, 2006; 2008; MACHADO, 2004; 2007), tendo como base seu trabalho (auto)prescrito e o real/concretizado (BRONCKART, 2006, GUIMARÃES, DREY e CARNIN, 2012). Para isso, recorremos ao banco de dados de projeto de formação continuada cooperativa, desenvolvido com apoio da CAPES, Programa Observatório da Educação, no período de 2011 a 2014. Analisamos o planejamento e interações ocorridas na sala de aula da professora Ana, regente de uma turma do 1.º ano do Ensino Fundamental e professora bolsista do referido projeto, no período em que desenvolveu um PDG sobre o gênero autorretrato. Elegemos como categorias de análise o que estamos chamando de pilares que sustentam a proposta do PDG - conceitos de linguagem como interação, gênero de texto, letramento e prática social, leitura e análise linguística. Para fins metodológicos, as dimensões do trabalho da professora foram examinadas separadamente e depois, comparadas para verificar as aproximações e os distanciamentos entre elas. A análise dos dados apontou que, em ambas as dimensões, foram encontradas os conceitos fundantes do PDG. Assim, por exemplo, o conceito de linguagem como interação pôde ser percebido desde o trabalho prescrito, no qual a professora já planejava situações de interação com seus alunos. Também no trabalho real/concretizado, momento em que a ação docente é constituída, chamou a atenção a constante prática do revozeamento (CONCEIÇÃO; GARCEZ, 2005), que pode ser considerada uma marca da linguagem entendida como interação. A realização desta dissertação permitiu verificar como se atualizaram, na prescrição e na prática, os principais pilares que sustentam um PDG. Da mesma forma, verificamos que a professora Ana conseguiu desenvolver com autonomia um PDG, o que deixou transparecer a sua capacidade de pilotar a sua sala de aula (BROCKART, 2006) e apontar sua atorialidade (ALMEIDA, 2015). Por fim, este estudo mostra a importância da participação ativa de professores em cursos de formação continuada, de forma que os docentes possam ressignificar suas práticas, como foi o caso da formação continuada cooperativa analisada.