Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Souza, Iara Tapia de |
Orientador(a): |
Adams, Telmo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3504
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo analisar e compreender a singularidade do trabalhador presente nas situações de trabalho, quando, em atividade de trabalho. A coleta de dados foi realizada em uma indústria do segmento automotivo, situada em Porto Alegre, junto a trabalhadores que, atualmente, ocupam o cargo de montador de produção. O referencial teórico foi sustentado por dois pilares. A perspectiva ergológica, por Yves Schwartz, tomou uma representação significativa nesta pesquisa pelo fato de ter uma visão filosófica sobre a atividade de trabalho, considerando a singularidade, valores, escolhas e saberes do trabalhador em atividade. A segunda perspectiva incorporada foi de Bernard Charlot - antropológica - ao estudar a relação que o sujeito estabelece com seu saber. A partir do aporte teórico, juntamente com os dados coletados, foi possível realizar uma discussão e entender que os trabalhadores procuram, singularmente, criar, recriar e renormalizar em situações de trabalho. Isso se torna factível porque a atividade é um momento a ser vivido pelos trabalhadores. Por mais prescrita que seja a atividade, sempre haverá lacunas. O trabalho representa um objeto duplo para os trabalhadores. Por um lado, há o objetivo de atender às necessidades de independência financeira e de estar inserido socialmente. Por outro, o trabalho atendeu estes trabalhadores como objeto de desejo. Nas situações de trabalho, foi possível identificá-los investindo emocionalmente, se movimentando, se mobilizando para atender além do que havia sido prescrito pela empresa. Pode-se inferir que tal mobilização tenha ocorrido a partir da relação que constituíram com seus familiares, pais, amigos, colegas e professores, como também pela noção de classe: ser metalúrgico. Ao se colocar uma lupa na singularidade do trabalhador, emerge um grande desafio que é considerar as consequências para a formação do trabalhador da singularidade presente na sua atividade de trabalho e na sua relação com o saber. Assim, poderá influenciar nos fundamentos da educação de trabalhadores em nosso país. |