Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Haack, Marina Camilo |
Orientador(a): |
Moreira, Paulo Roberto Staudt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9001
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Resumo: |
Este trabalho visa explorar e compreender as experiências de mulheres escravizadas, tendo como lócus Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, em meados do século XIX. Para buscar as vivências, agências e resistências de mulheres que viveram a escravidão, focamos em três esferas de suas vidas: o trabalho, a maternidade e a família, e os relacionamentos sexo-afetivos. Para tal objetivo utilizamos como metodologia a micro-história, o aporte teórico da interseccionalidade e o conceito de experiência de E. P. Thompson. Nossas principais fontes foram os processos criminais, integrando outros documentos, tais como registros paroquiais, alforrias, processos de tutela e inventários, que foram possíveis de encontrar no cruzamento de dados. No primeiro capítulo ao abordar a experiência do trabalho na vida das mulheres escravizadas trouxemos: a percepção de uma Cachoeira do Sul feminina e pluriétnica; os dados e discussões em torno da alforria em uma abordagem interseccional; a importância de pensar a escravidão e a liberdade não como limites estanques, mas em interação; as formas de autonomia que podiam ser conquistadas na escravidão e as perspectivas que determinadas ocupações podiam dar na experiência enquanto escravizadas e libertas. No segundo capítulo, cuja abordagem é a maternidade negra, conseguimos acompanhar a luta empregada por mulheres na proteção de seus filhos e, na tentativa de proteger as autonomias conquistadas para si e para os seus, problematizamos, também, como aquelas mulheres viviam o lugar de escravizadas e protetoras de seus filhos. No último capítulo buscamos entender como os relacionamentos sexo-afetivos se davam entre pessoas que dividiam a mesma condição jurídica e de raça, mas não a de gênero, que tipo de relacionamentos buscavam ter, quais as expectativas femininas e como podiam dialogar com os estereótipos de raça e gênero do período, e como se davam as masculinidades negras entre homens escravizados. |