O uso da intuição na construção de cenários em projetos de design estratégico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferronato, Priscilla Boff
Orientador(a): Scaletsky, Celso Carnos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Design
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5713
Resumo: A presente pesquisa relaciona o projeto de design a um processo de construção do conhecimento. No decorrer do projeto, ao deparar-se com situações em que possui pouco controle, o designer recorre ao seu conhecimento tácito. O design mediante a sua dimensão estratégica, é capaz de ler os sinais emitidos pelo ecossistema no qual está inserido, interpretá-los e traduzi-los na forma de cenários futuros. Os cenários futuros, no âmbito metaprojetual, são o centro da processualidade do design estratégico. O metaprojeto, na forma de uma plataforma de conhecimentos, possibilita ao designer refletir criticamente sobre o próprio projeto, em um processo não linear e atemporal. Desse modo, a presente pesquisa ao buscar a melhor compreensão do uso da intuição na construção de cenários, é capaz de avançar em direção ao entendimento do processo de projeto. A partir do estudo bibliográfico, o conceito de intuição, fundamentado pela obra de Bergson, relaciona-se enquanto a reconciliação com o imediato. A construção de cenários, outrossim, é percebida como um espaço para a construção de narrativas, em que diferentes pontos de vista são compartilhados. A fim de responder aos objetivos de pesquisa, os dados coletados foram codificados e analisados por meio da linkografia. Os resultados apresentados demonstram que o uso da intuição na construção de cenários, pode se relacionar com a capacidade dos designers em tornarem seus processos imediatos e experimentais, os quais emergem por meio de conexões associativas e holísticas. Nos processos de tomada de decisão, em situações caracterizadas pela incerteza, as quais os participantes apresentaram pouco conhecimento específico, percebeu-se a predominância do uso da intuição. Já nos movimentos de design identificados, oriundos de ações de geração de ideias, a intuição pode relacionar-se a um processo de construção do novo, capaz de direcionar e qualificar o projeto. A intuição, sendo assim, é percebida como um recurso de projeto, uma fonte de informação face o desconhecido; todavia, é intrínseca ao indivíduo e sua análise deve partir do mesmo.