Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Carine Menna |
Orientador(a): |
Schuler, Betina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Escola de Humanidades
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13181
|
Resumo: |
Contar uma experiência por meio da própria experiência. Essa é a intenção que se mostra no exercício da escrita deste trabalho, que teve por objetivo estudar de que modos mulheres estudantes da EJA se ocupam de si a partir de suas escritas e das escritas de outras mulheres. Partiu-se da perspectiva da filosofia da diferença e dos estudos feministas para analisar as práticas discursivas a respeito das concepções do feminino, destacando questões históricas, culturais e sociais na realização de um estudo sobre as mulheres e a escrita, considerando como se articulam as relações de saber-poder e os seus efeitos de subjetivação. A metodologia teve inspiração na cartografia, por meio de experimentações em oficinas de leitura literária e escrita, com uma turma de Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de uma escola pública da cidade de São Leopoldo/RS. Procurou-se estabelecer uma relação entre gênero, escrita e escola, articulando esses conceitos a partir das teorizações de Michel Foucault sobre o cuidado de si, a escrita de si e a ocupação de si. Apesar da impossibilidade de narrar uma experiência, esse texto é uma tentativa de articular autoras/es e fragmentos advindos dos encontros proporcionados na trajetória de pesquisa. Nessa pesquisa-oficinagem foram realizadas experimentações filosóficas a partir de obras literárias de autoria feminina. Alguns dos elementos que compõem essa escrita são as relações de gênero, as interseccionalidades, a escola e o pensamento filosófico, com os quais busco dialogar inspirada nas narrativas e escritas das alunas e dos alunos que me acompanharam nesse percurso. Escritas essas marcadas pela raiva e pelo sofrimento e como uma possibilidade de fazer-outra. Escritas atravessadas por narrativas femininas ao longo das histórias das estudantes da EJA. Escritas que abrem um tempo e um espaço na educação de Jovens e Adultos, tão marcada pelo pragmatismo e aceleração, para ocuparem-se consigo e com as demais. Um tempo que proporcionou sentir mais uma vez, pensar mais uma vez e tomar a discussão sobre o feminino para estudo no espaço coletivo da sala de aula por meio da escrita. Ao longo dessa pesquisa-experiência-oficinagem, os desdobramentos demarcam a potência da relação entre educação, filosofia e literatura feminina, a qual provoca rupturas, descontinuidades, transformações, ocupações e abre brechas à constituição de outros modos de existência. |