O ser humano e a arte de dar razões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Braga, Viviane Zarembski
Orientador(a): Brito, Adriano Naves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9500
Resumo: O objetivo desta tese é o de compreender a racionalidade exclusivamente humana como um fenômeno natural, resultado de um longo processo evolutivo. A racionalidade aqui é entendida como a capacidade humana de dar razões às suas ações, crenças, desejos e objetivos. Ela só é possível porque os humanos possuem uma linguagem proposicional que os permite se distanciar da situação imediata, o que proporciona maior flexibilidade nas respostas e no comportamento. Para compreender a racionalidade naturalizada, é necessário analisá-la sob duas perspectivas: sob a perspectiva do indivíduo e sob a perspectiva da espécie. Do ponto de vista da espécie, o processo evolutivo levou – gradualmente – ao desenvolvimento de diferentes capacidades que culminaram com o desenvolvimento da racionalidade, quais sejam: intencionalidade individual, conjunta e coletiva, capacidade para uma leitura de mentes, desenvolvimento de uma linguagem proposicional, formação de uma perspectiva objetiva, construção da cultura e da moralidade. A cooperação e a interação foram imprescindíveis neste processo. Do ponto de vista individual, a racionalidade e demais habilidades relacionadas a ela se desenvolvem unicamente se houver maturação e interação e todas elas continuam a se desenvolver ao longo da vida. A racionalidade é formada por meio das experiências de vida, sofrendo influência da cultura, do meio ambiente e das interações que se realiza com outros seres; o corpo e os afetos são parte essencial deste processo. Por ser um processo contínuo, a racionalidade pode ser aperfeiçoada e melhorada, pela busca por melhores e mais bem fundamentadas razões, pela busca constante da verdade, pela reflexão, pela autorreflexão, pela atenção que se dá às experiências e pela abertura às razões alheias.