O saneamento e a politização da higiene no Rio Grande do Sul (1828-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rückert, Fabiano Quadros
Orientador(a): Harres, Marluza Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4990
Resumo: Nesta pesquisa abordamos a historicidade das políticas de saneamento no Rio Grande do Sul, no período de 1828 a 1930. O recorte cronológico fixado contempla a experiência de modernização do abastecimento de água e as discussões a respeito do destino do esgoto nas principais cidades sul rio-grandenses. O foco da pesquisa está nas ações políticas voltadas para o saneamento, tanto no plano das municipalidades, quanto no plano do governo regional – exercido pela Província até 1889, e posteriormente, pelo Estado. Neste sentido, a busca pela compreensão das relações entre as municipalidades e o governo regional orientou a consulta nas fontes documentais. A pesquisa concedeu destaque para documentos produzidos pelo poder público e, ao mesmo tempo, explorou o envolvimento da sociedade nas discussões referentes ao saneamento no Rio Grande do Sul a partir da imprensa. Os projetos de saneamento elaborados para cidades sul rio-grandenses também foram considerados parte do corpus documental da pesquisa. Para compreender a expansão dos investimentos em saneamento ocorrida no Rio Grande do Sul no período entre 1828 e 1930, analisamos a história das empresas de abastecimento de água criadas no período imperial, a organização do serviço de Asseio Público e a construção das primeiras redes de esgoto; posteriormente, destacamos o trabalho da Comissão Estadual de Saneamento, criada em 1918 para promover a cooperação entre o Estado e as municipalidades. Partindo da premissa de que o saneamento ganhou importância por influenciar na salubridade urbana e na saúde pública, a Tese apresenta o conceito de politização da higiene para interpretar a crescente preocupação do poder público e da sociedade com o abastecimento de água e com o destino do esgoto.