Vozes da revolução: historiografia e memórias dos militantes da luta armada brasileira (1968-1974)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Masseroni, Vinícius de Oliveira
Orientador(a): Harres, Marluza Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9554
Resumo: Entre os anos de 1968 e 1974 alguns brasileiros, indignados com a Ditadura Civil-militar e crentes do ideal revolucionário – inspirados entre outros, pela Revolução Cubana – resolveram que a única forma de efetuar as mudanças necessárias para o Brasil era através das armas. Em um curto espaço de tempo, porém, a luta armada foi esmagada pelos órgãos da repressão. Desde o final da década de 1980 houve uma profusão de trabalhos sobre as esquerdas que atuaram no país, as esquerdas armadas não ficaram de foram. Nossos objetivos gerais, com nosso trabalho, foram dois: realizar um levantamento bibliográfico sobre os estudos que tiveram por objeto uma organização armada em específico, que se preocuparam com as diferentes trajetórias das diferentes organizações armadas; o segundo objetivo foi analisar as memórias – por meio de entrevistas realizadas por Marcelo Ridenti – dos militantes revolucionários. Para o segundo objetivo nos municiamos das diversas contribuições dos autores que se dedicaram à História Oral (Alessandro Portelli e Luísa Passerini) e/ou aos estudos sobre a memória (Hallbawcs, Fentress e Wickham, Ricouer, Nora entre outros). Ao trabalharmos com entrevistas que já contam com trinta anos desde sua realização, nos perguntamos e quisemos fazer emergir como aparecem questões ligadas às questões como: Gênero; Melancolia de esquerda; o papel de resistência que as organizações de luta armada teriam desenvolvido e, também, a problemática do suicídio – lembrando que essa questão foi “inaugurada” por um militante da luta armada, Renato Tapajós. Com nosso primeiro objetivo buscamos mostrar quais organizações que participaram de ações armadas ainda não foram exploradas, sendo assim, as lacunas na nossa historiografia. Já no trabalho com as fontes orais buscamos evidencias como as memórias da esquerda armada, ao contrário do que usualmente se pensa, é muito mais diversa e dissonante do que unívoca.