O trabalho no processo de ressocialização do preso: a experiência do sistema penitenciário de Aparecida de Goiânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Borges, Karolyne Guimarães dos Santos
Orientador(a): Ferrarini, Adriane Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Job
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12216
Resumo: O Brasil encontra-se no ranking dos países com maior massa carcerária mundial e reincidências por limites em sua capacidade de ressocializar e gerar oportunidades de vida digna aos egressos. A presente dissertação visa analisar o papel do trabalho fornecido por empresas privadas e pelo Estado, no processo de ressocialização de presos no sistema penitenciário de Aparecida de Goiânia-GO. A metodologia foi composta por pesquisa qualitativa e quantitativa, desenvolvida por meio de estudo bibliográfico e documental e entrevistas com 38 presos do universo de 173 (dos 6.228 presos) que trabalhavam, em outubro de 2017, no sistema penitenciário de Aparecida de Goiânia. Os presos entrevistados são mulheres e homens entre 18 e 64 anos em idade economicamente ativa. Os resultados evidenciam que o trabalho é relevante para a autoestima, responsabilidade, estar num ambiente melhor, aprender, etc. Chamou atenção a relevância da família. Aproximadamente 50% dos entrevistados refeririam “dar orgulho para família” como principal motivação para o trabalho, acima da “remição de pena”. O estudo conclui que o trabalho por si só não ressocializa, sendo necessárias outras políticas públicas, como acesso à educação, saúde, dignidade aos familiares nas visitas, acesso imediato da família ao preso assim que é recolhido e acolhimento psicológico individual e em grupo, a fim de que não haja reincidência criminal.