Entre a “Mendigópolis” e o “Recife Novo”: reforma urbana, higiene e políticas de saúde para as mulheres no governo de Sérgio Loreto (Pernambuco, 1922 - 1926)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5190 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo analisar a gestão do governador Sérgio Loreto, que comandou o executivo pernambucano entre os anos de 1922 e 1926, quanto às propostas destinadas às mulheres. Perseguindo os ideais de progresso e civilização, que embalavam os projetos das elites à época, Pernambuco e, sobretudo, sua capital, vivenciaram amplas reformas urbanas, que tinham por objetivo acabar com uma cidade perigosa, visível pela presença de mendigos, vadios e meretrizes nas ruas, além das habitações que representavam ameaças à saúde e ao desenvolvimento do Estado. Neste sentido, a ideologia da higiene ganhou força, a ciência foi pedra angular nas decisões tomadas durante esse período, e o discurso médico ganhou relevo. O combate à mortalidade infantil se tornou central, e desta forma políticas de saúde direcionadas às mulheres foram formuladas. Os corpos das mulheres, vistos e interpretados como uma potência civilizatória, foram alvos de diversas medidas, tais quais o serviço pré-natal, inspeção das amas de leite, campanha para amamentação e cadastramentos de parteiras, o que tensionou as relações de gênero no período. As fontes utilizadas foram os jornais A Notícia, Jornal do Commercio, Diário do Estado, que apresentavam notícias a respeito das medidas tomadas pelo governo estadual sob uma ótica situacionista, e A Noite, Jornal do Recife, Pina-Jornal e Torre-Jornal, que apresentavam notícias sobre o cotidiano urbano, bem como críticas ao governo. Documentos oficiais foram utilizados, como as mensagens anuais do governador ao Congresso Legislativo, a Revista de Pernambuco, principal veículo da propaganda do governo, o Jornal Saúde e Assistência, responsável pela divulgação das medidas na área de saúde e o Anuário Estatístico, que nos permitiu compreender os movimentos de nascimento, casamento e morte durante o quadriênio estudado. |