A influência da temperatura da superfície do mar sobre a distribuição e abundância relativa da albacora bandolim (Thunnus obesus, Lowe 1839) no Atlântico Oeste Tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SOUSA NETO, Aprigio Marques de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6231
Resumo: Nos últimos anos, com o advento das mudanças climáticas globais, diversos estudos vêm sendo desenvolvidos no intuito de melhor compreender às variações do ambiente pelágico oceânico e seus efeitos sobre os principais recursos pesqueiros explorados nos três oceanos.O presente estudo teve como objetivo avaliar as influências da variabilidade ambiental sobre a CPUE da albacora bandolim (Thunnus obesus) capturada pela frota espinheleira brasileira no período de 1978 à 2008. Para isto, foram analisados os dados referentes aos lançamentos, sazonalidade, área de pesca, esforço, captura, tempo de imersão, número de anzóis/samburá e turno de pesca, e alguns dados ambientais, como a Temperatura da Superfície do Mar (TSM), a Profundidade da Camada de Mistura (PCM) e o Índice de Iluminação da Lua (IIL). Foi realizada uma análise de cluster com o objetivo de categorizar o esforço de pesca associandoo as capturas de diferentes espécies e, em seguida, uma análise com Modelos Aditivos Generalizados (GAMs) com o intuito de avaliar a relação entre estes fatores e a CPUE da albacora bandolim. Os resultados obtidos mostraram que no que se refere a variável latitude, os maiores valores de CPUE ocorreram no entorno do equador. Se tratando do índice mês sobre a CPUE, observou-se os maiores valores entre outubro e abril. Já o índice de iluminação lunar sobre a CPUE apresentou uma tendência crescente de lua nova para quarto-crescente. A TSM mostrou uma tendência positiva com maiores valores ocorrendo entre 26° e 30°C sobre a CPUE. No efeito da PCM, as CPUEs mais elevadas ocorreram em áreas onde a termoclina encontra-se mais próxima da superfície, entre 40 e 70 m. Em relação à variável ano, efeitos positivos só foram observados a partir de 2000. Estes resultados estão provavelmente associados à atividade reprodutiva da espécie, que se concentra ao largo da costa brasileira para desova.