O teu cabelo não nega : o negro no carnaval da cidade do Recife (1930-1939)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MORAES, Rafael Ouriques Vasconcelos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7850
Resumo: Essa dissertação tem como objetivo identificar a presença negra nos carnavais da cidade do Recife nos anos trinta do século XX, considerando suas participações individuais e coletivas na festa e nas agremiações carnavalescas, bem como as representações sobre o negro nos universos da música, imprensa, iconografia e da literatura relacionada ao Carnaval da época. Além disso, desenvolve reflexões mais globais acerca das interferências do Estado autoritário nos diversos campos da folia, sobre o racismo, sobre as múltiplas contribuições das populações negras e o cenário fonográfico recifense naquele momento. Dos pontos de vista das transformações sociais, políticas, culturais e econômicas, a década de trinta foi um momento singular para sociedade brasileira, pernambucana e recifense. Nesse sentido, buscamos investigar como a população negra esteve inserida nessa lógica, em especial no Carnaval, considerando que na época detinham os piores indicadores sociais da urbe e ainda sofriam os efeitos de séculos de escravização negra. Valorizando a presença desses personagens como verdadeiros agentes criativos, pretendemos radiografar qual teria sido sua real participação naquele tempo dos carnavais saudosos. Esse estudo está dividido em duas partes: a primeira delas articula a presença e o protagonismo negro no Reinado de Momo, tanto na festa de rua como nas agremiações e na experiência musical recifense. A segunda parte analisa as representações do negro no universo carnavalesco da cidade nos anos trinta, tanto na imprensa, como nas charges, nas canções e também em dois romances publicados na época, nomeadamente O Moleque Ricardo e Seu Candinho da Farmácia, de José Lins do Rego e Mário Sette respectivamente.