Aspectos epidemiológicos e de hemostasia na Leishmaniose visceral canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: MARTINS, Isabelle Vanderlei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5679
Resumo: No Brasil, a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) representa um sério problema na medicina veterinária, especialmente onde a doença tem associação com o processo de urbanização das cidades. Os cães ainda são considerados os principais reservatórios e podem apresentar uma grande diversidade de sinais clínicos, incluindo lesões de pele, desordens nutricionais, linfadenomegalia e onicogrifose. A finalidade deste estudo foi determinar não somente a prevalência e a distribuição espacial da LVC, mas também verificar os sinais clínicos em cães com leishmaniose visceral da cidade de Maceió, Estado de Alagoas, e avaliar os níveis plasmáticos de fibrinogênio e o tempo de protrombina (TP) de cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Um total de 425 cães domiciliados foi investigado para a presença de anticorpos anti-Leishmania sp através do teste ELISA, e avaliados os sinais clínicos relacionados à LVC. Usando o sistema de informação espacial como o sistema de posicionamento global, os dados foram plotados de acordo com a procedência dos cães soropositivos. Os resultados mostraram que 1,9% (08/425) dos animais foram positivos ao teste sorológico, sendo os bairros de Benedito Bentes (6,7%), Petrópolis (6,7%) e Ipioca (6,3%) as principais áreas endêmicas, pertencentes aos distritos sanitários VI, IV e I respectivamente. Lesões de pele e perda de peso foram os principais sintomas observados em 75% dos cães positivos. Os outros cães soropositivos mostraram-se assintomáticos para a LVC. Por outro lado, amostras de plasma de 31 cães foram usadas para avaliar os níveis plasmáticos de fibrinogênio e o TP. Foram observadas alterações nos níveis de fibrinogênio em 45,4% (10/22) e no TP em 95,4% (21/22) nos animais do grupo infectado (GI). Contudo, nenhuma diferença estaticamente significativa (p<0,05) entre GI e GC foi observada. Conclui-se que a cidade estudada é uma região endêmica para o calazar canino, e os cães das áreas endêmicas devem ser avaliados cuidadosamente quanto aos sinais clínicos e à presença de anticorpos anti-Leishmania sp, a fim de se prevenir a disseminação da doença. A avaliação dos níveis plasmáticos de fibrinogênio e TP não mostrou nenhum valor diagnóstico na LVC.