Alerta e fuga: efeito do inseticida imidacloprido na comunicação de alarme e no comportamento de Nasutitermes corniger (Motschulsky 1855)(Termitidae: Nasutitermitinae)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9220 |
Resumo: | Os cupins (Blattodea: Isoptera) possuem uma gama de estratégias defensivas a fim de manter a proteção da colônia contra perigos iminentes. A sofisticada comunicação de alarme presente nesse grupo garante que os membros da colônia evitem contanto com predadores, competidores e até mesmo patógenos. Por outro lado, o efeito de substâncias tóxicas, como por exemplo, os inseticidas, na comunicação de alarme e no comportamento ainda não foi elucidado. Aqui, analisamos os efeitos do inseticida imidacloprido na comunicação de alarme e no comportamento de Nasutitermes corniger (Termitidae: Nasutitermitinae). Para isso, testamos as seguintes hipóteses: (i) o inseticida desencadeia comportamento de alerta em cupins, por meio de aumento do número de vibrações; (ii) esse comportamento de alerta é dose-dependente do inseticida e (iii) o comportamento de alerta desencadeia um comportamento de fuga de grupos de cupins não-expostos ao inseticida. Bioensaios manipulativos de alarme e comportamento em laboratório foram realizados a fim de testar as hipóteses acima. De um modo geral, nossos resultados demonstraram que, de fato, grupos de N. corniger expostos ao inseticida imidacloprido aumentam o número de vibrações, desencadeando um comportamento de alerta. No entanto, existe uma diminuição da atividade de caminhada nos grupos expostos ao inseticida. A resposta de alerta, via vibração, nos grupos expostos ao inseticida é dose-dependente. Além disso, grupos expostos ao inseticida são capazes de transmitir a presença de inseticida via vibração para grupos não expostos, desencadeando um comportamento de fuga. Nossos resultados demonstram a existência de um ‘comportamento de alerta ao inseticida’ em N. corniger e parece ser um mecanismo de comunicação previamente não reconhecido em cupins que permite reduzir os riscos de intoxicação na colônia. |