Sinais químicos de forrageio em Nasutitermes corniger (Motschulsky, 1855) (Termitidae: Nasutitermitinae): do comportamento a uma alternativa de controle

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: CRUZ, Marilia Rafaela Pereira da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Agronomia; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
• Palavras-chave em Português: Cupim; Comportamento animal; Ecologia química; Feromônios; Controle de praga; FITOSSANIDADE::ENTOMOLOGIA AGRICOLA
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9219

Embora os cupins desempenhem um importante papel no funcionamento dos ecossistemas e no aumento da biodiversidade local, algumas espécies são conhecidas por provocarem impactos negativos nos ambientes urbanos, agrícolas e florestais. O controle de cupins praga muitas vezes é dificultado devido ao seu hábito críptico, complexa organização social e comunicação entre os membros da colônia. Assim o manejo de suas populações poderia ser mais eficaz através do entendimento dos mecanismos de comunicação que estão envolvidos na busca por recursos. Nas últimas décadas, novas abordagens com a utilização de feromônios para o controle de insetos têm surgido, no entanto, estudos direcionados a esse tipo de controle ainda é ausente para insetos pragas de ambientes urbanos. Os feromônios são substâncias não tóxicas, biodegradáveis e geralmente específicas, possibilitando um controle mais ecologicamente viável. Assim, o presente trabalho teve por objetivo geral estudar os sinais químicos envolvidos na comunicação de forrageio, incluindo o papel de pistas químicas intercoloniais. Para isso, bioensaios de trilhas, comportamento e colonização de iscas com diferentes sinais químicos de forrageio foram realizados com diferentes grupos de N. corniger. Nossos resultados revelam a complexidade de forrageio de N. corniger, bem como mudança comportamental frente aos sinais intercoloniais euma maior atratividade de grupos por iscas contendo sinais químicos intercoloniais em comparação com iscas contendo o inseticida imidacloprido. Tais resultados não só contribuem para um melhor entendimento do forrageio de N. corniger, mas também para indicar os sinais químicos de forrageio como uma possível alternativa ao uso exclusivo de inseticida para o controle desta praga.