Controle de qualidade e prioridades de conservação de plantas medicinais comercializadas no Brasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: MELO, Joabe Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4834
Resumo: Praticamente todos os povos do mundo fazem uso de plantas medicinais, ou seus derivados, para o tratamento de doenças. No Brasil, essas plantas têm sido componentes de produtos industrializados que são comercializados em farmácias,casas de produtos naturais e supermercados, sob a designação de fitoterápico ou droga vegetal. Tendo em vista que a boa qualidade é um requisito para assegurar a eficácia e a segurança dos produtos, e que a maioria das plantas medicinais nativas comercializadas no Brasil são obtida de populações silvestres, o presente trabalho teve por finalidade avaliar a qualidade de produtos a base de espécies vegetais medicinais e estabelecer prioridades de conservação para as plantas medicinais nativas de valor comercial. Realizou-se um levantamento dos produtos à base de plantas medicinais, provenientes de indústrias de várias partes do país, comercializados em 54 estabelecimentos comerciais da cidade do Recife-PE. Em cada estabelecimento foi aplicada uma ficha padronizada com informações sobre o nome comercial do produto, a composição vegetal, a forma farmacêutica, as indicações terapêuticas e o laboratório. A avaliação de 10 amostras de castanha-daíndia, 11 de capim-santo e seis de centela foi realizada com base nos critérios estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira e legislação específica; a prioridade para a conservação das plantas medicinais nativas foi dada de acordo com o Índice de Valor de Importância (IVI), que é baseado na Importância Relativa (IR) e no Índice de Sensibilidade (IS). No primeiro trabalho constatou-se a ausência das informações obrigatórias em 92,59% das amostras e um elevado teor de impurezas, em 59,26% dos produtos analisados. Apesar disso, todas as amostras foram consideradas autênticas com base nos testes fitoquímicos e farmacobotânicos. Constata-se que, além dos produtos comercializados carecerem de informações e qualidade adequadas, há necessidade urgente de uma fiscalização efetiva por parte dos órgãos competentes. No segundo trabalho, foi registrado um total de 74 espécies nativas usadas em mais de 300 tipos de produtos. Doze espécies apresentaram grande versatilidade, das quais 58,33% foram árvores. Há o predomínio da coleta destrutiva (58,11%) e de táxons coletados exclusivamente da natureza (86,49%). O uso intensivo de espécies unicamente silvestres e a coleta de forma destrutiva são problemas sérios que ameaçam e comprometem a disponibilidade desses recursos.