O papel da planta hospedeira na história de vida do percevejo predador Brontocoris tabidus (Signoret) (Hemiptera : Pentatomidae)
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6026 |
Resumo: | A fitofagia em percevejos predadores tem sido considerada favorável para o desempenho destes, mas há pouca informação sobre o comportamento de utilização da planta hospedeira. Assim, o comportamento de escolha entre plantas de algodão, Gossypium hirsutum L. (Malvaceae), caruru, Amaranthus lividus L. (Amaranthaceae) e feijão, Phaseolus vulgaris L. (Fabaceae) pelo percevejo predador Brontocoris tabidus (Signoret) (Hemiptera: Pentatomidae) e sua relação com o ganho de peso e seu desempenho foram investigados, bem como o mecanismo de alimentação na planta de algodão por este predador. Adultos do predador foram permitidos a livre escolha entre plantas e, posteriormente, pareados e mantidos sem presa e com presa sobre a mesma planta escolhida inicialmente para a alimentação. Também, o desenvolvimento ninfal e da fase adulta foram obtidos sobre as mesmas plantas mais presa e sem presa. Os resultados mostram que B. tabidus não teve preferência para alimentação entre as três plantas estudadas. Da mesma forma, foram similares o tempo de alimentação e ganho de peso durante a alimentação. Entretanto, o ganho de peso foi diretamente proporcional ao tempo de alimentação nas plantas. A produção de ovos foi para fêmeas mantidas em plantas de feijão mais presa, bem como a longevidade das fêmeas, no entanto não houve diferença na produção de ninfas em relação àplanta escolhida. A duração da fase ninfal do predador variou entre as plantas, bem como aprodução de descendentes demonstrando menor desempenho sobre plantas de feijão. A sobrevivência das ninfas somente sobre as plantas sem presa foi, em média, 6,5; 5,4 e 4,5 dias em algodoeiro, caruru e feijoeiro, respectivamente. Os resultados mostram que B. tabidus não provoca injúria mecânica externa e interna no tecido vegetal mediante a alimentação neste. As imagens digitais das secções transversais da nervura principal permitem observar que o estilete do inseto, por diversas vezes, foi introduzido a partir de um mesmo ponto. Nas nervuras de maior calibre, escolhidas pelo predador, este mostrou usar diferentes tecidos, como parênquima, floema e xilema. Os resultados mostram que apesar de B. tabidus não apresentar seleção da planta hospedeira para alimentação, estas podem contribuir diferentemente na sua história de vida. Além disso, a alimentação deste percevejo não deixou sinal de injúria na planta hospedeira. |