Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Rômulo Sátiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9995
|
Resumo: |
O objetivo desse trabalho foi estudar o desempenho reprodutivo de Brontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae) com e sem plantas de Eucalyptus cloeziana ou Psidium guajava, tendo como presa pupas de Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae) em campo, a 21,16 ± 1,52°C, umidade relativa de 77,88 ± 0,98% e fotofase de 11,61 ± 0,26 horas, e avaliar o efeito da duração da fase ninfal e do peso na fecundidade e longevidade desse predador. A adição de material vegetal à dieta de B. tabidus aumentou a fecundidade, que foi 3,5 e 2,9 vezes maior, nos tratamentos com plantas de E. cloeziana e P. guajava, respectivamente, que naquele sem planta. A longevidade de B. tabidus em plantas de E. cloeziana e P. guajava foi 1,9 e 1,5 vezes maior, respectivamente, que no tratamento sem planta. O número de ovos e a longevidade de B. tabidus foram, respectivamente, 2,2 e 1,5 vezes maiores para fêmeas cuja fase ninfal foi curta e alimentadas com plantas de E. cloeziana. No entanto, a duração da fase ninfal não afetou as variáveis reprodutivas de B. tabidus quando alimentado, apenas, com pupas de T. molitor. A taxa líquida (Ro) de reprodução de B. tabidus variou de 9,7 (sem planta, fase ninfal curta) a 70,4 (com E. cloeziana, fase ninfal curta) fêmeas/fêmea. A duração de uma geração (DG) variou de 41,4 (sem planta, fase ninfal longa) a 62,1 dias (com E. cloeziana, fase ninfal curta) indicando que B. tabidus pode ter 8,8 e 5,9 gerações por ano, respectivamente. O tempo necessário para esse predador dobrar sua população variou de 10,1 (com E. cloeziana, fase ninfal curta) a 13,3 (sem planta, fase ninfal curta) dias. A taxa intrínseca de crescimento populacional (r m) mostrou potencial biótico de B. tabidus de 0,052 (sem planta, fase ninfal curta) e 0,069 (com E. cloeziana, fase ninfal curta). A rm de B. tabidus, proveniente de indivíduos de fase ninfal curta e alimentado em plantas de E. cloeziana foi 1,1 vezes maior que aquela proveniente de indivíduos de fase ninfal longa, e 1,3 vezes maior quando os indivíduos apresentaram fase ninfal curta e alimentados, apenas, com pupas de T. molitor. Fêmeas de B. tabidus mais pesadas e alimentadas com E. cloeziana depositaram 2,3 vezes mais ovos que aquelas leves submetidas à mesma dieta, e 3,7 e 8,4 vezes mais que fêmeas pesadas e leves alimentadas, apenas, com pupas de T. molitor, respectivamente. A longevidade de fêmeas mais pesadas de B. tabidus alimentadas com E. cloeziana foi 1,6 vezes maior que fêmeas leves do mesmo tratamento e 2,6 vezes maior que fêmeas leves e alimentadas, apenas, com pupas de T. molitor. As variáveis reprodutivas, a taxa líquida de reprodução e a taxa intrínseca de crescimento populacional de B. tabidus indicam que o desempenho reprodutivo desse predador é melhor para fêmeas pesadas, provenientes de fase ninfal curta e alimentadas com E. cloeziana. B. tabidus apresenta potencial para ser criado em condições naturais em plantas de E. cloeziana e P. guajava com pupas de T. molitor. Esta metodologia permite obter indivíduos com melhor desempenho reprodutivo. Assim, para otimizar as criações massais de B. tabidus é recomendável a utilização de fêmeas desse predador proveniente de fase ninfal curta, mais pesadas e suplementar a dieta delas com plantas de E. cloeziana. |