Desenvolvimento e reprodução do predador Brontocoris tabidus (Heteroptera: Pentatomidae) no campo após exposição à deltametrina
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3996 |
Resumo: | Os inseticidas podem afetar negativa ou positivamente o desenvolvimento e a reprodução de inimigos naturais. Piretróides, como a deltametrina, têm se mostrado seletivos a insetos benéficos como percevejos predadores, normalmente, encontrados em ecossistemas agrícolas e florestais. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito da deltametrina 25 CE nas doses de 200, 400 e 800 ml/ha e água destilada (controle), no desenvolvimento, reprodução, peso e razão sexual dos adultos, além dos parâmetros da tabela de fertilidade e esperança de vida do predador Brontocoris tabidus (Signoret, 1852) (Heteroptera: Pentatomidae) no campo. A temperatura variou de 25,80 ± 0,19 °C a 15,41 ± 0,18 °C, umidade relativa de 83,4 ± 1,7%, precipitação pluvial média diária 2,9 ± 1,1mm e fotofase de 11,90 ± 0,05 horas. Os ovos de B. tabidus foram mantidos em laboratório a 25 ± 0,5ºC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas. Ninfas de B. tabidus, de terceiro estádio, foram expostas à folhas de eucalipto impregnadas com as doses de deltametrina ou ao controle. As ninfas sobreviventes foram mantidas em sacos de organza, em plantas de Eucalyptus urophylla com pupas de Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae). Adultos de B. tabidus, desses tratamentos, foram pesados e formados 20 casais por tratamento. Foi observado o efeito das doses na sobrevivência e duração do terceiro estádio, quando B. tabidus foi exposto à deltametrina. A sobrevivência diminuiu com o aumento da dose desse inseticida. Apesar da mortalidade em todos os tratamentos com deltametrina, as ninfas sobreviventes se desenvolveram até a fase adulta. A duração do terceiro estádio foi maior pelo efeito das doses, mas a duração da fase ninfal, a razão sexual e a massa corpórea desse predador foram semelhantes entre tratamentos. Os períodos de pré-oviposição, oviposição e pósoviposição, os números de ovos/fêmea, ninfas/fêmea e a taxa diária de oviposição foram semelhantes entre tratamentos, com valores de 508,80 ± 76,44 ovos/fêmea no controle a 567,95 ± 98,30 ovos/fêmea na superdose de 800 ml/ha; e 358,60 ± 59,05 ninfas/fêmea no controle a 385,30 ± 53,73 ninfas/fêmea na dose de 400 ml/ha. O tratamento com 400 ml/ha, dose comercial recomendada para o controle de largartas desfolhadoras de eucalipto, apresentou R0 de 125,7 fêmeas/fêmea, rm de 0,059 e TD de 11,634 e maior esperança de vida e pico de fertilidade específica. Os tratamentos com 200 ml/ha e 800 ml/ha apresentaram valores semelhantes nos parâmetros da tabela de vida, demonstrando que o crescimento e a expectativa de vida desse predador não foram prejudicados. A superdose apresentou elevada fertilidade específica, mas baixa sobrevivência. As doses de deltametrina podem ser consideradas seletivas para B. tabidus e serem utilizadas, com esse predador, em programas de Manejo Integrado de Pragas. |