Salinidade da água de irrigação e frações de lixiviação no cultivo da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LIRA, Raquele Mendes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Engenharia Agrícola
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7684
Resumo: A cana-de-açúcar é uma cultura de grande interesse econômico no Brasil, e em Pernambuco grande parte de sua produção ocorre em áreas litorâneas. Nestas áreas as águas utilizadas na irrigação podem apresentar alto teores de sais devido a intrusão da água do mar, e quando águas salobras são utilizadas para o suprimento hídrico de uma cultura sem um manejo adequado, pode-se ocorrer a salinização dos solos, reduzindo o desenvolvimento das plantas em virtude dos efeitos sobre o potencial osmótico e dos íons tóxicos em elevadas concentrações. Assim sendo, se faz necessário o conhecimento e a aplicação de técnicas de manejo do uso de água salobra na agricultura, podendo a salinidade excessiva ser controlada pela aplicação da fração de lixiviação e garantir desta maneira, um melhor rendimento de produção. Sabendo que cada cultura responde diferentemente ao mesmo nível salino em que é submetida, objetivou-se com o presente trabalho, estudar o crescimento, rendimento e a concentração dos macronutrientes e do sódio e cloreto na cultura da cana-de-açúcar irrigada com água salobra e frações de lixiviação. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x2 com quatro repetições, sendo cinco níveis de salinidade da água de irrigação (0,5; 2,0; 3,5; 5,0 e 6,5 dS m-1) e duas frações de lixiviação (0 e 0,17), correspondendo a 100 e 120% da evapotranspiração da cultura, no qual, o manejo da irrigação era realizado diariamente. As variáveis biométricas estudadas e de produção foram: número de perfilhos (NP) e de folhas (NF), altura de colmo (AC), diâmetro de colmo (DC), área foliar (AF), produtividade dos colmos (PROD), massa seca de colmo (MSC), massa fresca de ponteiro e folhas (MFPF) e massa seca de ponteiro e folhas (MSPF). Também foi monitorada a condutividade elétrica e a concentração de Ca, Mg, Na e K do lixiviado, além destes, analisou-se os macronutrientes e os elementos sódio e cloreto em colmo e, ponteiro e folhas. A salinidade da água de irrigação influenciou de maneira negativa as variáveis de crescimento e rendimento na cana-de-açúcar, sendo os maiores resultados encontrados com o uso da fração de lixiviação. O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu linearmente os teores dos nutrientes N, P, K e Mg na parte aérea da cana-de-açúcar e elevou os teores de Na, Cl e Ca, sendo estes resultados atenuados com o uso da fração de lixiviação.