Estratégia de uso de água salobra na irrigação de cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CARVALHO, Pedro Henrique Máximo de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Engenharia Agrícola
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9116
Resumo: O sistema de produção de cana-de-açúcar no Brasil é responsável pela geração de emprego e renda no meio rural brasileiro e, em Pernambuco, grande parte de sua produção ocorre em áreas litorâneas. Nessas áreas, as águas utilizadas na irrigação podem apresentar alto teor de sais, devido à intrusão marinha, que, quando utilizadas sem um manejo adequado, pode acarretar a salinização dos solos e, consequentemente, reduzir o desenvolvimento das plantas. Dessa forma, se faz necessário o conhecimento e de estratégias de uso de água salobra na agricultura, como é o caso da fração de lixiviação, que proporciona a lixiviação dos sais em excesso na zona radicular. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos do uso de águas salobras e frações de lixiviação sobre o desempenho da cana-de-açúcar, em terceira soca. O estudo foi realizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Recife, em lisímetros de drenagem. Foi avaliada a variedade RB92579, em terceira soca, em delineamento inteiramente casualizado, tendo cinco níveis de salinidade da água de irrigação (CEa: 0,5; 2,0; 3,5; 5,0; 6,5 dS m-1) e duas frações de lixiviação (0 e 0,17), com quatro repetições. Os níveis salinos foram obtidos pela adição de NaCl e CaCl2, na proporção 1:1 molar. Foram avaliados, entre 60 dias após o corte (DAC) e 150 DAC: altura dos colmos, diâmetro dos colmos, área foliar, número de perfilhos e índice de área foliar. Aos 145 DAC, ocorreram as avaliações de: fotossíntese, condutância estomática e transpiração. O uso da fração de lixiviação 0,17 mostrou-se eficaz na mitigação dos efeitos do estresse causado pelo NaCl e CaCl2, resultando em maior desenvolvimento biométrico e proporcionando aumento na taxa fotossintética, condutância estomática e transpiração foliar das plantas. A técnica de fração de lixiviação apresentou-se como método viável no controle da salinidade, quando utilizadas águas de qualidade inferior. Assim, essa técnica pode ser usada em canaviais que possuam condições de irrigação com água salobra.