Efeito da proteína anticongelante sobre a qualidade dos espermatozoides criopreservados de caprinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MONTEIRO, Millena Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8645
Resumo: Este estudo teve por objetivo investigar o efeito da proteína anticongelante do tipo III, adicionada ao diluidor de criopreservação de espermatozoide caprino, sobre a viabilidade espermática pós-descongelação. No primeiro experimento, 16 pares de testículos e epididimos foram obtidos em abatedouro, e transportados a, aproximadamente, 5 °C em caixa térmica em torno de 10 horas, até o recebimento e processamento do mesmo. Os espermatozoides foram recuperados e avaliados em microscópio de contraste de fase. Congelados em diluidor à base de Tris-gema de ovo, suplementado com proteína anticongelante tipo III – PAC III (0; 1; 10; 100 μg/mL), utilizando o sistema automatizado. Após descongelação (37 oC/30 seg), foram avaliadas cinética espermática, pelo sistema automatizado CASA, integridade de membrana plasmática e acrossomal, potencial de membrana mitocondrial e produção intracelular de ROS, por citometria de fluxo. Não houve diferença (P ≥ 0,05) entre os grupos experimentais para os parâmetros de cinética espermática, potencial de membrana mitocondrial e produção de ROS. A integridade de membrana plasmática e acrossomal de espermatozoides congelados com 100 μg/mL de PAC III foi inferior (P< 0,05) ao grupo controle. O segundo experimento foi dividido em duas partes, onde foi investigado o efeito da PAC III em diluidor à base de Tris-gema de ovo (Experimento I) e Leite desnatado (Experimento II). O sêmen de quatro bodes Saanen (6 repetições) foi utilizado para formação do pool e testado nos Diluentes Tris-gema de ovo (Experimento I) ou Leite desnatado (Experimento II), ambos suplementados com concentrações da PAC III (0; 1; 10; 100 μg/mL). Após a diluição (200 x 106 espermatozoides/mL), as amostras foram envasadas em palhetas (0,25 mL) e congeladas (-196 ºC). Para cada grupo, duas palhetas foram descongeladas (37 ºC por 30 s) e agrupadas para análise in vitro da cinética espermática (CASA) e da integridade de membrana plasmática e de acrossoma (microscopia de epifluorescência). Duas palhetas foram descongeladas para análise ultraestrutural dos espermatozoides por microscopia eletrônica de varredura. Não houve diferença (P ≥ 0,05) entre os grupos experimentais dos dois Experimentos para os parâmetros de cinética espermática, integridade de membrana plasmática e acrossomal. Os resultados da avaliação ultraestrutural mostraram que independente do diluidor utilizado, a PAC III danificou a membrana plasmática das células espermáticas. Baseado nos resultados do presente estudo, conclui-se que a adição da PAC III ao diluidor Tris-gema de ovo não favorece a criopreservação de espermatozoides epididimários caprinos, além disso, quando em alta concentração (100 μg/mL) compromete a integridade de membrana plasmática e acrossomal dessas células. Ainda, que a PAC III, nas concentrações utilizadas, em diluidor à base de Tris-gema de ovo ou leite desnatado, não preserva a qualidade seminal de espermatozoides ejaculados caprinos.