“Sou negra”: processos de enegrecimento nos contextos embranquecedores na sociedade de consumo
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciências Domésticas Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Consumo, Cotidiano e Desenvolvimento Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8291 |
Resumo: | A presente pesquisa visou discutir o consumo e o cotidiano perpassados pela dimensão racial, buscando refletir sobre os aspectos dessa relação para mulheres de raça negra. Considerando a inserção em uma cultura orientada pelo capital e sob forte influência do mercado, que usa o poder da mídia para manter a ordem social (branca, burguesa e patriarcal) vigente, o presente estudo pretendeu entender as relações entre a identidade negra, embranquecimento e cultura de consumo para as mulheres negras. Para tanto, considerou-se a bibliografia existente e relevante, à luz das/os autoras/es, cientistas sociais, que discutem temas como sociedade, cotidiano, racismo, consumo, indivíduo/sujeito, norteando e provocando a reflexão. Foram utilizadas também publicidades que instigam o debate e reforçam a proposta de uso enquanto uma ferramenta de manutenção da ordem social, favorecendo o embranquecimento e o racismo. Considerando tratar-se de pesquisa qualitativa, o procedimento metodológico privilegiado foi a realização de entrevistas semiorientadas com interlocutoras voluntárias, a partir de uma amostra nãoprobabilística. As posteriores análise e discussão foram inspiradas na teoria das práticas discursivas e produção de sentidos, visando a valorização das vivências compartilhadas pelas interlocutoras e as elaborações decorrentes das provocações desse estudo. O diálogo com as voluntárias aponta para uma tomada de consciência que modifica percepções de situações vivenciadas e alteram modos de estar no mundo, para além da sobrevivência individual, há uma percepção coletiva de como o racismo atinge as pessoas negras e da importância de movimentos de fortalecimento e do enegrecimento como forma de resistência. A realização desta pesquisa é concebida em agradecimento para todas as pessoas negras que lutaram pelo reconhecimento e conquista da igualdade. Sendo proposta como instrumento de promoção de autoafirmação para a luta do enfrentamento ao racismo, com vistas à contribuição para um novo processo de educação e socialização. |