A presença de mulheres negras em cargos hierarquizados da Secretaria Municipal de Educação de Manaus: racismo e impasse na sua pertença e autodeclaração
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5137 |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objeto o estudo da presença de mulheres negras em cargos hierarquizados da Secretaria Municipal de Educação de Manaus, temática pouco explorada nas ciências sociais e que hoje surge com grande potencial de análise. O propósito deste estudo consiste em verificar a forma pela qual as mulheres negras adentram os espaços de poder na Secretaria Municipal de Educação de Manaus, dando destaque tanto para o aspecto do preconceito enfrentado por elas no âmbito do trabalho, quanto à competência que elas demonstram no exercício de suas funções. Buscamos também averiguar de que forma se estabelece a intersecção conceptual entre gênero e raça no movimento feminista, ao mesmo tempo em que procuraremos apontar a situação de feminização do magistério. Tratamos, enfim, de estabelecer o perfil das mulheres negras que assumem cargos hierárquicos na SEMED/Manaus, pontuando as jornadas de trabalho e as redes de apoio com quem elas deixam os filhos enquanto trabalham fora de casa. O estudo foi realizado tendo por base o aporte das abordagens qualitativas, sem excluir os aspectos quantitativos . Dentre os múltiplos aspectos revelados constatou-se que o racismo continua latente no espaço de trabalho das mulheres negras e que muitas vezes a própria mulher negra não se percebe como sujeito atingido pelo racismo. Essas mulheres têm dificuldade de se autodeclararem negras ou pretas, preferem usar outros termos para ocultar a própria raça. Constatou-se,também, que elas se encontram em cargos subalternizados e não divulgam as violências simbólicas sofridas no ambiente de trabalho, o que podemos supor que seja um traço do não reconhecimento da própria condição étnica. Deve-se reconhecer , por fim, o fato de que há um racismo velado que impele as próprias mulheres negras a não reconhecerem a sua pertença étnica no desempenho de cargo hierárquico na Secretaria Municipal de Educação de Manaus. |