Os jovens e o Maracatu Nação Almirante do Forte: interfaces entre processos educativos culturais e produção de identidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: TAVARES, Maria Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9038
Resumo: Este trabalho de investigação objetivou compreender a relação dos processos educativos culturais na construção das identidades negras dos/as jovens integrantes do Maracatu Nação Almirante do Forte. Haja visto que segundo Hall (2006) a identidade não é algo inato, existente desde o nascimento, mas é algo formado ao longo do tempo, de acordo com as interações culturais e sociais. Assim, buscamos: Identificar as especificidades das atividades educativas culturais do Maracatu Almirante do Forte, inter-relacionar as atividades educativas culturais à formação identitária dos(as) jovens do Maracatu, bem como analisar a configuração de novos desenhos juvenis na produção de identidades negras nos processos educativos desenvolvidos no M. N. A. F. O campo teórico está fundamentado nos estudos de autores contemporâneos na perspectiva Pós-Colonial: Quijano (2005), Munanga (1999), Freire (2015), Hall (2006), Gomes (2018), Dayreel (2003), Souza (1983) entre outros. O pensamento desses teóricos aborda temáticas que perpassam e articulam interfaces entre as relações socioculturais, educativas, raciais e de construções de identidades. O aspecto metodológico foi constituído de observações exploratórias na sede do maracatu, análise documental e de entrevistas narrativas realizadas com os principais responsáveis pelo Maracatu nação Almirante do Forte e com jovens integrantes do grupo. Nos respaldamos para essas questões técnicas de instrumentos de coleta de informações, análise e quanto ao tipo de pesquisa caracterizada um estudo de caso, em Ludke e André (1986), Jovchelovitch e Bauer (2002), Gomes (2016) e Geertz (1978/1997). Os dados investigados apontaram que a construção de identidades negras dos/as jovens, no maracatu Nação Almirante do Forte, está relacionada a uma dinâmica flexível de interação social e são construídas através dos símbolos e dos elementos do maracatu. Contudo, as identidades negras, não se estabelecem só no autoafirma-se negro ou negra, mas também nas dimensões representativas do maracatu interpretada quanto cultura negra. Autoafirma-se pertencente a tais representatividades é construir uma identidade cultural negra individual e coletiva.