Detecção de swainsonina e calisteginas em espécies de Convolvulaceae do semiárido de Pernambuco
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7286 |
Resumo: | A família Convolvulaceae é considerada endêmica no Brasil e algumas espécies pertencentes a esta família possuem princípios tóxicos em sua composição, enquanto outras ainda apresentam princípios ativos desconhecidos. Dentre os gêneros que compõem a família, o gênero Ipomoea reúne espécies de plantas tóxicas epidemiologicamente relevantes para a região semiárida de Pernambuco, devido à variabilidade de espécies e à concentração de seus princípios ativos que podem estar relacionados a casos de intoxicações em animais de produção. Essas intoxicações ocorrem principalmente pela escassez de pastagem provocada pelo período prolongado de seca na região do semiárido. Logo após as primeiras chuvas essas plantas rebrotam, os animais as ingerem e desenvolvem os sinais clínicos. O estabelecimento do quadro de intoxicação é provocado pela presença de swainsonina, substância responsável por provocar alterações neurológicas associadas ao armazenamento de oligossacarídeos, geralmente irreversíveis, e problemas reprodutivos. As espécies podem apresentar apenas swainsonina ou a associação desta com calisteginas. No entanto, estudos ainda não comprovaram a real participação desta nos quadros de intoxicação em ruminantes. Essa dissertação consiste de um artigo que aborda um estudo realizado durante o período chuvoso na microrregião do Sertão do Moxotó/Pernambuco, compreendendo os municípios de Arcoverde, Sertânia, Betânia, Ibimirim, Custódia, Inajá e Manari, para determinar a ocorrência de espécies de Convolvulaceae que contêm alcalóides tóxicos na região. No estudo, as plantas foram georreferenciadas, fotografadas, coletadas para identificação botânica e determinação dos princípios ativos. Amostras contendo 500g das folhas de cada espécie foram coletadas, secas à sombra, trituradas, misturadas para constituir um pool de amostras e analisadas por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa e a presença de calisteginas e swainsonina foi verificada através de cromatografia gasosa - espectrometria de massa (GC/MS). O estudo resultou na descoberta de novas espécies de Convolvulaceae que apresentam concentrações variáveis de swainsonina e calisteginas em sua composição e poderão ser epidemiologicamente significativas para a ocorrência da doença de depósito lisossomal em ruminantes na região estudada. |