Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Henrique, Breno Schumaher |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-20082007-093603/
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Resumo: |
Ipomoea carnea, planta tóxica da família da Convolvulaceae, possui a suainsonina um alcalóide indolizidínico, o qual promove inibição da enzima α-manosidase ácida ou lisossômica levando ao acúmulo celular de oligossacarídeos não metabolizados adequadamente, causando vacuolização celular. A planta também possui outros alcalóides, as calisteginas que inibem as β-glicosidases, agravando o efeito causado pela suainsonina. O objetivo do presente estudo foi de avaliar as possíveis alterações clínicas, bioquímicas, hematológicas, neuroquímica e patológicas em caprinos tratados com diferentes doses de I. carnea. Foram usados 25 caprinos, divididos em 5 grupos iguais: 4 experimental e 1 controle. Os caprinos dos grupos experimentais receberam durante 4 meses diferentes doses de I. carnea: 2,5; 5,0; 10,0 e 30,0 g/kg/dia. Semanalmente, os animais foram pesados e avaliados clinicamente. Coletou-se sangue da veia jugular, quinzenalmente, para determinação da concentração de glicose, colesterol, alanina transferase (ALT), aspartato transaminase (AST), uréia e creatinina, e mensalmente para a determinação do hemograma. No final do período experimental, todos os caprinos foram submetidos à eutanásia e fragmentos de cérebro, medula espinal, nervo ciático, tireóide, miocárdio, fígado, rim, baço, pulmão, pâncreas e intestinos foram coletados e fixados para estudo anatomopatológico. Os resultados mostraram que os animais experimentais apresentavam nistagmo, tremores musculares, fraqueza dos membros pélvicos, incoordenação motora e ataxia. O estudo bioquímico revelou que os animais experimentais apresentaram menores níveis de glicose e aumento nos níveis de AST, ALT e creatinina. O estudo hematológico mostrou significante redução nos níveis de hemácias, hemoglobina e hematócrito. A histopatologia revelou alterações vacuolares no fígado, pâncreas, tireóide, células renais e em neurônios do sistema nervoso central. Os resultados apresentados permitem concluir, que a ingestão da I. carnea produz toxicidade para a espécie caprina de forma dose-dependente. |