Avaliação ecológica do extrativismo do pequi (Caryocar coriaceum Wittm.) na Floresta Nacional do Araripe, Ceará : informações para um plano de uso sustentável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ALMEIDA, Alyson Luiz Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5024
Resumo: Objetivamos investigar os efeitos ecológicos da extração de frutos do pequi (Caryocar coriaceum) na Floresta Nacional do Araripe, a partir de perspectivas estáticas e dinâmicas de análise para gerar dados que subsidiem a formulação de um plano de conservação e uso sustentável. Geralmente, os frutos são obtidos exclusivamente a partir do extrativismo de populações nativas sem que haja o devido controle. Grande parte dos estudos isentam de culpa a pressão extrativista, pois muitos fatores estão envolvidos e carecem de avaliações que determinem o poder que cada fator exerce. A análise estática é a forma mais comum de avaliação do efeito ecológico do extrativismo. Com relação ao pequi, as populações apresentam problemas na regeneração natural devido ao baixo estoque de elementos infantes. Verificamos que, em uma perspectiva estática de análise, não há sustentabilidade do extrativismo na FLONA porque os registros do IBGE apontam para uma quantidade coletada superior ao potencial de oferta. A perspectiva dinâmica revela uma taxa de extrativismo muito alta (>90%) e uma tendência de estabilidade nos tamanhos populacionais em grande parte da FLONA. O aumento da frequência de eventos climáticos severos como a seca promovem, em cenários simulados, pouca influência sobre as taxas de crescimento populacionais. O uso sustentável do pequi deve ser pautado pela diminuição das atuais taxas de coleta. Ao deixar no ambiente 3 em cada 10 frutos, os coletores estarão respeitando as taxas naturais de remoção pela fauna associada à espécie, o que poderá melhorar a regeneração natural da planta. A importância do pequi no contexto ecológico, social e econômico regional justifica a realização de pesquisas de maior duração para aumentar a eficiência das estratégias de conservação e manutenção da atividade extrativa.