Protestantes no embate anticomunista em Pernambuco (1945-1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SILVA, Paulo Julião da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4788
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as razões que levaram os protestantes a discursarem para os fiéis em Pernambuco contra o comunismo em meados do século passado e, conseqüentemente, apoiar o Golpe Militar que ocorreu no ano de 1964. Mesmo com o discurso anticomunista não sendo aceito por todos aqueles que faziam parte das igrejas evangélicas, a perseguição à ideologia marxista foi uma constante por ser considerada atéia, materialista, contra os princípios bíblicos e democráticos. Trabalhamos no sentido de perceber como o discurso religioso e o poder simbólico podem influenciar o comportamento de um grupo ou mesmo de uma sociedade, e para isso nos foram úteis alguns teóricos como Michel Foucault, Pierre Bourdieu e Peter L. Berger, que nos ajudaram a compreender os esforços dos líderes evangélicos em atacar o marxismo e aqueles que não aceitassem suas concepções políticas. Pesquisamos em arquivos de seminários protestantes localizados no Recife bem como no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. Também nos foram de suma importância algumas entrevistas realizadas ao longo da pesquisa, que nos ajudaram na compreensão e análise do nosso objeto. Pôde-se verificar que os crentes, que muitas vezes em seus discursos se mostram apolíticos por declararem a política como uma prática pagã, foram ativos e incisivos quando o assunto era a perseguição a qualquer movimento de esquerda, que genericamente era chamado pelos evangélicos de comunistas, não importando se de fato o eram. Para tal o uso de diversos termos pejorativos foram usados no sentido de afastar os crentes dos vermelhos de Moscou. Acreditamos que esta dissertação será uma importante contribuição para a historiografia social e religiosa,estimulando o trabalho de pesquisa e o conhecimento científico na área das ciências humanas e sociais.